Trump visa desacreditar investigação sobre ligação de sua campanha com Rússia

  • Por Agência EFE
  • 21/07/2017 09h17
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-FOTODELDIA- WAS30. WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS), 01/06/2017.- El presidente de EE.UU., Donald Trump, pronuncia un discurso hoy, jueves 1 de junio de 2017, en la Casa Blanca, Washington (EE.UU.). Donald Trump anunció hoy su decisión de sacar al país del Acuerdo de París contra el cambio climático, adoptado por casi 200 países en 2015, hoy, jueves 1 de junio de 2017, en la Casa Blanca, Washington (Estados Unidos). EFE/Molly Riley EFE/Molly Riley Os advogados que trabalham para Trump estão elaborando uma lista com possíveis conflitos de interesse na equipe de Robert Mueller, o procurador especial designado para investigar o caso, com o objetivo de removê-lo da investigação ou menosprezar os resultados apresentados

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está buscando limitar o impacto da investigação sobre as ligações entre sua campanha à presidência e o Kremlin, com uma estratégia para deslegitimar a equipe de acusação e já pensa em antecipa fiscais que a adianta e pensando já em possíveis perdões, informou na quinta-feira o jornal “The Washington Post”.

Os advogados que trabalham para Trump estão elaborando uma lista com possíveis conflitos de interesse na equipe de Robert Mueller, o procurador especial designado para investigar o caso, com o objetivo de removê-lo da investigação ou menosprezar os resultados apresentados.

De acordo com o jornal “The New York Times”, os advogados do presidente buscam entre os casos e clientes passados dos 12 promotores que integram a equipe e analisam as doações que alguns fizeram no passado para políticos democratas.

Andrew Weissmann, por exemplo, ex-funcionário do Departamento de Justiça e especialista em crimes financeiros e fraude, fez doações para vários políticos, entre eles o ex-presidente Barack Obama.

De acordo com os jornais americanos, que citam fontes conhecedoras da questão, mas sem revelar suas identidades, Trump está descontente com o rumo da investigação, que não apenas estão averiguando a suposta ingerência russa, mas também as finanças e os negócios que o magnata fez antes de chegar à Casa Branca.

O próprio Trump deixou claro o seu desagrado em uma entrevista publicada, na quarta-feira, pelo “NYT”.

Um dos advogados de Trump, Jay Sekulow, disse ao “The Washington Post” que tanto o presidente como a sua equipe trabalharão para que a investigação não desvie seu foco, que é a ingerência russa.

“O presidente está preocupado pelos conflitos que existem dentro do escritório do procurador especial e por qualquer mudança no âmbito da investigação. A investigação deve permanecer dentro do seu mandato. Se desviar, vamos nos opor”, disse Sekulow.

Entre os negócios que Muller estaria investigando está a venda, em 2008, de uma mansão em Palm Beach (Flórida), a um oligarca russo, pelo valor de US$ 95 milhões, uma transação que, segundo Sekulow, “está muito longe do alcance de uma investigação legítima”.

Sekulow falou com o “Post” depois que o porta-voz da equipe de advogados, Mark Corallo, renunciasse nesta quinta por razões que ainda desconhecidas.

Em paralelo a estes esforços e se preparando para que possa sair da investigação, Trump se está informando sobre os seus poderes para perdoar assessores, familiares e até si mesmo, segundo o “Post”, que relata que os advogados do presidente estudam a questão.

A Constituição dá ao presidente o poder de perdoar “por ofensas cometidas contra os Estados Unidos”, mas que até o momento nenhum governante tenha utilizado em seu próprio benefício.

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