Tufão Hagibis deixa 24 mortos, 170 feridos e 17 desaparecidos no Japão

  • Por Jovem Pan
  • 13/10/2019 09h05
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EFE 27 mil membros das Forças de Autodefesa estão trabalhando nas operações de resgate

Pelo menos 24 pessoas morreram, 170 ficaram feridas e outras 17 ainda estão desaparecidas após a passagem do supertufão Hagibis pelo Japão neste fim de semana. De acordo com autoridades locais, o número de mortos ainda pode aumentar.

Os temporais provocados pelo Hagibis levaram a Agência Meteorológica do Japão (JMA) a declarar, no sábado (12), um incomum alerta máximo, pedindo para que a população se refugiasse em lugares altos. As ordens e recomendações de evacuação chegaram a afetar mais de 10 milhões de pessoas.

Às 18 horas deste domingo (12) (horário local; 6 horas de Brasília), cerca de 100 mil residências na região metropolitana de Tóquio continuavam sem energia elétrica, segundo informou a companhia Tokyo Electric Power Company (Tepco).

A passagem de Hagibis, o 19º da atual temporada de tufões no oceano Pacífico e um dos mais fortes que atingiram o Japão em décadas, paralisou também os transportes da região da capital. Embora os serviços estejam sendo restabelecidos gradualmente, mais de 800 voos programados para este domingo (12) foram cancelados.

Com o fenômeno, as inundações também atingira em cheio o país. Em Tohoku e Kanto, onde fica a capital, Tóquio, a quantidade de chuva registrada desde o sábado equivale a de 30 a 40% da quantidade habitual em um ano, segundo a JMA. As companhias proprietárias de algumas represas autorizaram a libertação de água como medida de emergência para evitar que as comportas rompessem, o que em alguns casos aumentou ainda mais o volume de rios, que já haviam transbordado devido às intensas chuvas.

Tufão perde força

Apesar de o tufão já ter passado pelo país, perdendo força após atravessar o território japonês e ser  rebaixado para a categoria de ciclone extratropical, as autoridades do Japão pediram que a população se mantenha alerta por causa do risco de desabamentos de construções e deslizamentos de terra.

Resgates

Neste domingo (12), a rede de televisão pública NHK exibiu imagens dos dramáticos resgates com o uso de helicóptero e barcos em áreas residenciais inundadas após rios transbordarem. O governo japonês mobilizou 27 mil membros das Forças de Autodefesa para participar dos trabalhos de salvamento, segundo a agência de notícias Kyodo.

A cidade de Nagano, no centro do país, foi uma das mais afetadas pelo transbordamento do rio Chikuma. Situação semelhante ocorreu em Son, na província de Tochigi, devido ao transbordamento do rio Akiyama. Nas duas cidades, equipes de resgate retiraram moradores que haviam ficado ilhados nos andares superiores de casas e edifícios.

Já na cidade de Kawagoe, o transbordamento do rio Oppe deixou ilhadas 260 pessoas de um lar para idosos que fugiram para um edifício mais alto e tiveram que ser resgatadas em botes. A rede de estradas do país também foi afetada, e algumas tiveram que ser interditadas, o que isolou algumas regiões.

Na capital, Tóquio, o rio Tama também ultrapassou seu limite, e os térreos de alguns edifícios, incluindo um hospital, inundaram. Os bombeiros tentam comprovar se todos os moradores de áreas atingidas se refugiaram e encontraram pelo menos um homem morto. Muitos sem-teto moram próximos ao Tama, e os trabalhos de busca e resgate continuam à medida em que o nível da água diminui.

Também na capital, seis dos 12 tripulantes de um cargueiro com bandeira panamenha desapareceram e dois faleceram após as péssimas condições climáticas e fortes ondas afundarem o navio, que estava ancorado na baía.

Na cidade de Ichihara, em Chiba, um tornado formado pela influência do tufão horas antes de ele tocar terra destruiu 12 casas e danificou mais de 70, além de ter provocado ontem o tombamento de um veículo de um homem de 50 anos, que acabou morrendo. A região, que ainda estava se recuperando da passagem do tufão Faxai, em setembro, também foi surpreendida no sábado (11) por um terremoto de magnitude 5,7 na escala Richter com epicentro no mar.

*Com informações da Agência EFE

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