Arábia Saudita nega extradição de 18 suspeitos na morte de Khashoggi

  • Por Jovem Pan
  • 27/10/2018 13h41 - Atualizado em 27/10/2018 17h27
EFE erdogan-turquia Erdogan pressionou Arábia Saudita a confessar que ordenou o assassinato de Khashoggi

A Arábia Saudita negou neste sábado (27) o pedido de extradição das 18 pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do jornalista saudita Jamil Khashoggi. O ministro de Relações Exteriores saudita, Adel al Jubeir, disse que os envolvidos serão investigados no país. “Sobre a questão da extradição, esses indivíduos são cidadãos sauditas, eles estão detidos na Arábia Saudita e a investigação será conduzida na Arábia Saudita, e eles serão julgados na Arábia Saudita”, concluiu.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, havia exigido na sexta-feira (26) que a Arábia Saudita extraditasse as 18 pessoas presas. Erdogan afirmou que “Aqui, [na Turquia] vamos julgá-los corretamente”. O presidente turco também garantiu ter descoberto mais detalhes sobre o crime e pressionou o governo saudita a confessar que deu ordens para matar o jornalista. O pedido de extradição justifica que os autores do homicídio viagem para a Turquia, país “mais bem equipado para realmente servir à causa da Justiça neste caso”.

Autoridades americanas e europeias têm afirmado que a operação que matou Khashoggi certamente não teria ocorrido sem o conhecimento dos líderes do reino saudita, incluindo o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman. Na quarta (24), Salman declarou que o crime foi um “incidente odioso“.

Para Erdogan, no poder desde 2003, o assassinato ofereceu a oportunidade de pressionar a Arábia Saudita, um de seus rivais regionais, e enfraquecer a credibilidade do príncipe herdeiro. “Houve uma declaração de que ele foi morto, mas onde está o corpo? Vocês devem mostrá-lo”, disse o presidente da Turquia.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.