Ucrânia acusa Rússia de manter 400 mil civis reféns em Mariupol, sob bombardeios contínuos
Ministro das Relações Exteriores ucraniano utilizou as redes sociais para denunciar a situação e afirmou que mais de 3 mil recém-nascidos devem ficar sem remédios e alimentos em breve na localidade
Na manhã desta quarta-feira, 9, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou a Rússia de não cumprir integralmente a promessa de trégua e cessar-fogo nas principais áreas atacadas no país para a retirada de vítimas. Segundo ele, 400 mil civis estão sendo feitos de reféns em Mariupol pelos russos, com bombardeios contínuos e sem permissão de entrada de ajuda humanitária. Na última terça, refugiados conseguiram deixar as cidades ao redor da capital Kiev, como Irpin e Bucha, em cerca de 60 ônibus. Segundo o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados(Acnur) 2,1 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o começo da invasão russa.
“A Rússia continua mantendo mais de 400 mil reféns em Mariupol, bloqueando a ajuda humanitária e a evacuação. O bombardeio continua. Quase 3 mil recém-nascidos em breve não terão remédios ou alimentos. O mundo deve agir imediatamente! Os bárbaros russos devem parar a guerra contra civis e crianças!”, denunciou Kuleba em uma publicação no Twitter. Autoridades ucranianas acusam os russos reiteradamente de atrapalhar ou dificultar a saída de civis refugiados e de atacarem diretamente a população do país. Do outro lado, a Rússia nega em comunicados e pronunciamentos oficiais que esteja agindo diretamente contra civis, apesar do ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já ter assumido “dano colateral” ao tratar da questão.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.