Ucrânia acusa Rússia de manter 400 mil civis reféns em Mariupol, sob bombardeios contínuos

Ministro das Relações Exteriores ucraniano utilizou as redes sociais para denunciar a situação e afirmou que mais de 3 mil recém-nascidos devem ficar sem remédios e alimentos em breve na localidade

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2022 11h12
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Carolyn Kaster / POOL / AFP - 22/02/2022 Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia

Na manhã desta quarta-feira, 9, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou a Rússia de não cumprir integralmente a promessa de trégua e cessar-fogo nas principais áreas atacadas no país para a retirada de vítimas. Segundo ele, 400 mil civis estão sendo feitos de reféns em Mariupol pelos russos, com bombardeios contínuos e sem permissão de entrada de ajuda humanitária. Na última terça, refugiados conseguiram deixar as  cidades ao redor da capital Kiev, como Irpin e Bucha, em cerca de 60 ônibus. Segundo o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados(Acnur) 2,1 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o começo da invasão russa.

“A Rússia continua mantendo mais de 400 mil reféns em Mariupol, bloqueando a ajuda humanitária e a evacuação. O bombardeio continua. Quase 3 mil recém-nascidos em breve não terão remédios ou alimentos. O mundo deve agir imediatamente! Os bárbaros russos devem parar a guerra contra civis e crianças!”, denunciou Kuleba em uma publicação no Twitter. Autoridades ucranianas acusam os russos reiteradamente de atrapalhar ou dificultar a saída de civis refugiados e de atacarem diretamente a população do país. Do outro lado, a Rússia nega em comunicados e pronunciamentos oficiais que esteja agindo diretamente contra civis, apesar do ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, já ter assumido “dano colateral” ao tratar da questão.

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