Ucrânia diz que Rússia aceitou ‘oralmente’ suas propostas nas negociações

Por outro lado, Arakhamia afirmou que se um encontro entre o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e o presidente russo, Vladimir Putin, fosse organizado, ‘provavelmente’ aconteceria na Turquia

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2022 19h28 - Atualizado em 02/04/2022 19h31
Presidência da Ucrânia/AFP - 12/03/2022 Do seu gabinete, com a bandeira da Ucrânia atrás,, Zelensky é gravado enquanto faz discurso Presidente ucraniano Vladimir Zelensky tem Arakhamia como principal negociador na guerra com a Rússia

Principal nome ucraniano nas negociações de paz com a Rússia, David Arakhamia assegurou neste sábado, 2, que o governo russo aceitou “oralmente” as principais propostas ucranianas e que Kiev aguarda uma confirmação por escrito. “A Federação Russa deu uma resposta oficial a todas as posições, que é que eles aceitam a posição [ucraniana], exceto na questão da Crimeia”, anexada pela Rússia em 2014, disse Arakhamia, em um programa de televisão local. Ele também acrescentou que, embora “não haja confirmação oficial por escrito”, o lado russo disse isso “oralmente”. Por outro lado, Arakhamia afirmou que se um encontro entre o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e o mandatário russo, Vladimir Putin, fosse organizado, “provavelmente” aconteceria na Turquia.

“O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que recebeu delegações russas e ucranianas em seu país esta semana, ligou para nós e para Vladimir Putin na sexta-feira, dizendo que sediaria tal reunião. Não sabemos a data ou o local, mas achamos que o local provavelmente será Ancara ou Istambul”, continuou Arakhamia. Desde o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, Zelensky pediu repetidamente para se encontrar com Putin. O negociador ucraniano enfatizou que Moscou concordou durante as negociações que um referendo sobre a neutralidade da Ucrânia seria “a única saída para essa situação”. O Kremlin, por sua vez, insiste que a Ucrânia não deve aderir à Otan e deve optar pela neutralidade.

*Com informações da Agência AFP

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.