Ucrânia raciona eletricidade após ataque na Rússia contra instalações do setor de energia 

Forças russas continuam avançando, aproveitando o desgaste das tropas ucranianas, o menor número de soldados e a escassez de munições após o atraso no envio de ajuda militar do Ocidente

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2024 17h10
SERGEY BOBOK / AFP ataque na ucrânia Bombeiros ucranianos trabalham para extinguir um incêndio no local de um ataque de drones a instalações industriais em Kharkiv

As tropas russas executaram nesta quarta-feira (8) um ataque em larga escala durante a noite, com mísseis e drones, contra instalações do setor de energia da Ucrânia, que deixou pelo menos um morto vários feridos, denunciaram as autoridades ucranianas. “O inimigo não desiste de seus planos de privar os ucranianos de energia elétrica. Um novo ataque em larga escala contra a nossa indústria energética!”, escreveu o ministro da Energia, German Galushchenko, no Telegram. Os ataques fizeram que com os ucranianos fossem obrigados a racionar energia elétrica par  população e advertiu para possíveis apagões após um “ataque maciço” russo com mísseis e drones contra infraestruturas energéticas, que segundo as autoridades deixou ao menos um morto. Há meses, a Rússia bombardeia a rede energética da Ucrânia e já causou danos materiais importantes e cortes de fornecimento.

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“Quase 60 mísseis e mais de 20 drones +Shahed+ apontaram para infraestruturas civis vitais. Nem ao menos um alvo militar”, denunciou o presidente Volodymyr Zelensky, qualificando o ataque de “deliberado, calculado e rasteiro”. Os ataques visaram instalações de produção e transmissão de energia elétrica nas regiões de Poltava (leste), Kirovogrado (centro), Zaporizhzhia (sul), Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia (oeste), acrescentou. Os ataques visaram instalações de produção e transmissão de energia elétrica nas regiões de Poltava (leste), Kirovogrado (centro), Zaporizhzhia (sul), Lviv, Ivano-Frankivsk e Vinnytsia (oeste), acrescentou. “O inimigo não desiste de seus planos de privar os ucranianos de energia elétrica. Um novo ataque em grande escala contra a nossa indústria energética!”, escreveu o ministro da Energia, German Galushchenko, no Telegram.

A empresa nacional de energia elétrica, Ukrenergo, emitiu um alerta para possíveis cortes do serviço a indústrias e comércios entre às 18h e 23h locais em consequência do ataque. “As restrições serão aplicadas igualmente em todas as regiões”, detalhou e pediu aos ucranianos que façam uso moderado da energia elétrica para enfrentar uma situação “particularmente difícil”. A Ukrenergo destacou que este é o quinto ataque “maciço” contra a rede de energia ucraniana desde 22 de março. O presidente, Volodymyr Zelensky, criticou mais uma vez o “terror russo”. A cidade de Kherson, no sul, foi “parcialmente privada de energia elétrica” devido aos ataques inimigos, anunciou o governador Oleksander Prokudin.

guerra na Ucrânia

A Força Aérea Ucraniana anunciou que derrubou 39 dos 55 mísseis lançados pela Rússia, assim como 20 dos 21 drones de ataque. O grupo DTEK, maior investidor privado no setor energético da Ucrânia, afirmou que três centrais termelétricas foram “gravemente danificadas”. A empresa destacou que suas instalações foram bombardeadas quase 180 vezes desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022. Em meio aos ataques, a Rússia anunciou nesta quarta-feira que suas tropas capturaram duas localidades na frente de batalha na Ucrânia, uma delas na região de Kharkiv (nordeste), de onde foram obrigadas a recuar em 2022. Unidades do Exército russo “libertaram a localidade de Kislivka, na região de Kharkiv, e Novokalinove, na região leste de Donetsk, informou o Ministério da Defesa.

As forças russas continuam avançando, aproveitando o desgaste das tropas ucranianas, o menor número de soldados e a escassez de munições após o atraso no envio de ajuda militar do Ocidente. Diante da desvantagem, o Parlamento ucraniano aprovou um projeto de lei que permitirá o recrutamento de prisioneiros pelo Exército em troca de anistia. Desde o início da guerra, a Rússia mobilizou dezenas de milhares de seus prisioneiros, uma decisão que até agora Kiev criticava. A medida ucraniana incluirá apenas os presos que se voluntariarem, os que restem menos de três anos de condenação e não será aplicável às condenações por crimes graves como assassinato, violência sexual e ataques à segurança nacional.

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