‘União entre Brasil e Venezuela está de volta e um novo mapa deve ser construído’, diz Maduro em Brasília 

Líder venezuelano se reuniu com o presidente Lula nesta segunda-feira e discutiu a aproximação dos países; eles vão participar de um encontro entre líderes da América do Sul na terça-feira, 30

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2023 14h12
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EFE/ André Coelho lula e maduro Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, estrecha a mão de seu homólogo venezolano, Nicolás Maduro, hoje, no Palácio do Planalto

Em entrevista conjunta com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que a união entre os dois países está de volta e expressou seu interesse de que a parceira permaneça “de agora em diante para sempre”. “Brasil tinha fechado as portas e janelas pela Venezuela e tentou junto a outros governos, com essa fórmula extremista, importar na Venezuela um governo inexistente. Mas isso é passado”, disse Maduro, acrescentando que hoje “se abre uma nova época, uma nova relação entre os países e povos e com ela se deve construir um novo mapa que abarque todas as áreas: economia, comercio, saúde, cultura, educação, agricultura e que permita um diálogo franco entre os governos. A Venezuela está preparada para retomar as relações virtuosas com os empresários brasileiros para que voltemos ao tempo de trabalho conjunto, desenvolvimento e reconhecimento”. Maduro expressou sua felicidade em estar o Brasil e pediu “que nunca mais ninguém feche as portar entre Brasil e Venezuela” e que “juntos possamos estar unidos de agora em diante para sempre”. O venezuelano chegou em Brasília nesta segunda-feira, 29, para participar de uma reunião que contará com todos os presidentes da América do Sul, com exceção de Dina Boluarte, líder do Peru.

Durante sua fala, Maduro também destacou o interesse de retomar aos laços que se tinham antes das ideologias extremas. “Tive uma proveitosa conversação com Lula e sua equipe e queremos retomar aquilo que fizemos na época de ouro de Brasil e Venezuela em que nos encontramos cara a cara e se tínhamos a mesma vontade comum de construir uma América do Sul de paz, prosperidade e igualdade”. Segundo ele, isso foi interrompido “de um dia por outro pelo que eu chamo de ideologização extrema das relações internacionais. Um fenômeno com aplicação de fórmulas extremistas para a direita para classificar as relações, subdividi-las, dividi-las e atropelá-las”. Maduro também falou que seu país recebeu um modelo ideológico extremista que ainda é aplicado e que as mais de 900 sanções econômicas afetaram a economia no país, mas que eles estão conseguindo se recuperar porque “nunca perderam a esperança e a resistência nos levou ao caminho de estabelecer uma economia de guerra. Começamos a tramitar pelo caminho do crescimento econômico e já crescemos 5%”, disse, visando alcançar números maiores.

 

 

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