União Europeia descarta ter exército próprio
Membros aprovam proposta que tropas de até 5.000 soldados sejam deslocadas em momento de crise
O ministro de Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, descartou que o bloco venha a criar um exército próprio no futuro. “Não queremos criar um exército europeu. Não se trata de criar um exército europeu. Os exércitos europeus permanecerão, cada Estado-Membro tendo seu próprio exército militar”, afirmou Borrell, após uma reunião com outros ministros das Relações Exteriores e da Defesa do bloco, que aprovou um documento chamado “Compasso Estratégico”. A questão se tornou recorrente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, quando se tornou necessário discutir uma possível defesa caso um membro da organização fosse atacado.
No entanto, segundo Borrell, os países devem coordenar os gastos para que seja possível deslocar 5.000 soldados rapidamente em casos de crises dos mais diferentes tipos. “Temos de ser capazes de reagir e uma das formas de reagir rapidamente é a capacidade de implantação rápida [da UE] que foi acordada. Estou muito feliz que finalmente esta proposta tenha sido aprovada pelos Estados-Membros, o que nos permitirá mobilizar [até] 5.000 soldados, treinados e equipados para reagir a crises. Fortaleceremos nossas capacidades de comando e controle e conduziremos juntos exercícios ao vivo. Isso nunca aconteceu. Os exércitos europeus estão treinando juntos, além da estrutura da Otan”, alegrou-se Borrell. Nem todos os países da União Europeia são da Otan, e o bloco possui uma política de defesa conjunta, embora cada Estado-Membro time decisões independentes no tema.
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