Uruguai teme contágios por coronavírus na fronteira com o Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 15/06/2020 15h30
EFE/Raúl Martínez homem caminha nas ruas do Uruguai Autoridades uruguaias estão preocupadas com o avanço da Covid-19 no Brasil

Autoridades do departamento de Rivera, no nordeste do Uruguai, se mostraram preocupadas com o avanço da Covid-19 no Brasil nesta segunda-feira (15). Quatro regiões do Rio Grande do Sul passaram à “bandeira vermelha”.

A intendente de Rivera, Alma Galup, afirmou que as autoridades locais estão “atentas e alerta” em relação à situação no Brasil devido ao alto risco em algumas partes da fronteira.

Embora ainda não tenham sido tomadas novas medidas, Galup confessou que a notícia preocupa, já que basta atravessar uma rua ou uma praça para cruzar a fronteira entre a cidade uruguaia de Rivera e a brasileira Santana do Livramento.

“Até agora, [a circulação] é normal. Entraram turistas no fim de semana, muitos turistas, e foi normal. Agora, diante de um problema vamos ter que adotar medidas em comum para solucionar problemas em comum”, comentou.

Após conversas entre os presidentes Luis Lacalle Pou e Jair Bolsonaro, Uruguai e Brasil decidiram, em 25 de maio, aplicar um tratado de vigilância que criou uma comissão binacional de saúde para tomar medidas “espelhadas” diante da crise.

Com base em dados do Brasil, Galup disse que há 36 casos ativos em Santana do Livramento, onde, após a declaração da “bandeira vermelha” na região sudoeste do Rio Grande do Sul, acredita que lojas e escolas podem ser fechadas.

Por outro lado, ainda sem saber detalhadamente quais medidas serão tomadas pela cidade brasileira, Galup afirmou que melhorou a situação em Rivera, onde um surto de Covid-19 em meio provocou pelo menos 40 casos.

“Há quatro dias não temos nenhum positivo, e houve uma redução de pessoas que testaram positivas porque estão se curando da doença. Ontem eram nove, mas hoje há provavelmente menos”, analisou.

Segundo dados oficiais, o Uruguai já registrou 848 casos de Covid-19, entre eles 23 mortes, desde 13 de março, quando foi decretada a emergência sanitária.

*Com EFE

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