Uruguai nega asilo a ex-presidente peruano acusado de receber propina da Odebrecht
O governo do Uruguai rejeitou nesta segunda-feira (3) o pedido de asilo do ex-presidente do Peru Alan García, que teve seu passaporte retido pela justiça. Ele é suspeito de receber propina da construtora brasileira Odebrecht e buscou proteção no consulado uruguaio em Lima.
O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, afirmou – ao negar a solicitação – que não havia provas de que García era “perseguido politicamente” pelo atual presidente peruano, Martín Viscarra. Essa afirmação era a justificativa do ex-governante para o asilo.
Com a negativa, Alan García já deixou a base diplomática uruguaia, segundo o ministro das Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio. “Tenho a informação do embaixador [uruguaio] Carlos Barros que [García] já se saiu da embaixada”, disse ele a uma rádio.
Investigação
Aos 69 anos, García se refugiou no consulado do Uruguai em 20 de novembro. Nessa data, um juiz o proibiu de sair do país por 18 meses. Esse período seria o necessário para investigações sobre o recebimento de propinas no segundo mandato do peruano – que durou de 2006 a 2011.
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