Venezuela ‘se afasta’ de lisura do processo eleitoral, diz Rodrigo Pacheco
Presidente do Senado criticou falta de transparência de Conselho Nacional Eleitoral venezuelano acerca das atas de votação para presidência do país

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou em nota oficial divulgada nesta terça-feira (30) que o governo da Venezuela “se afasta” da lisura e da transparência eleitorais. A fala do oficial se refere às atitudes recentes do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), que anunciou a reeleição do presidente Nicolás Maduro após o pleito do último domingo (28). A oposição contesta o resultado, ressaltando que o CNE não divulgou as atas eleitorais que confirmam os totais de votos para cada candidato. A ala adversária, liderada por Edmundo González e María Corina Machado, chegou a afirmar que foi vencedora da disputa à presidência com 70% dos votos válidos. Para Pacheco, o governo Venezuelano não apresenta os valores que garantiriam a legitimidade democrática do processo eleitoral. Ele também afirmou que as violações à democracia devem ser apontadas sem “casuísmo”.
Em acréscimo, Pacheco ainda pontuou que “a transparência do processo eleitoral que assegurem a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável”, ressaltando que “toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for”. A nota foi publicado na esteira das acusações de fraude eleitoral por parte de diversos órgãos internacionais de fiscalização, assim como de múltiplos países que enviaram observadores para a Venezuela. O Itamaraty, hoje, publicou uma nota sobre a jornada eleitoral venezuelana, onde pontuou positivamente seu “caráter pacífico”, mas sem parabenizar Nicolás Maduro por sua vitória.
Publicado por Marcelo Bamonte
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