Nesta quinta-feira, 15, o governo da Venezuela anunciou a suspensão das atividades do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU em Caracas, alegando que o órgão “instrumentalizou” seu trabalho contra o Executivo. Além disso, ordenou a expulsão de 13 funcionários do comissariado que atuavam na capital venezuelana. O chanceler Yván Gil afirmou que esta decisão foi tomada devido ao que o governo considera um comportamento inadequado. Segundo Gil, o órgão atuou com parcialidade, agindo como um “escritório particular de golpistas e grupos terroristas” que conspiram contra o país. O governo do ditador Nicolás Maduro também anunciou uma revisão dos termos de cooperação acordados com a ONU nos próximos 30 dias.
O comunicado oficial divulgado pelo governo solicita que o pessoal do Alto Comissariado deixe o país em até 72 horas, até que “retifiquem publicamente perante a comunidade internacional sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas”. Essa decisão surge após críticas do relator especial da ONU para o Direito à Alimentação, Michael Fakhri, que afirmou ter sido impedido de visitar centros de detenção durante sua visita de duas semanas ao país. Fakhri também alegou que as autoridades venezuelanas mudaram constantemente sua agenda durante sua estadia.
*Com informações da EFE
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