Venezuela tem dia de protestos liderados por Guaidó e Maduro após novo apagão
Apoiadores do líder da oposição venezuelana Juan Guaidó e do ditador, Nicolás Maduro, realizam manifestações neste sábado (30) na capital da Venezuela, Caracas, e em outras regiões.
Guaidó se dirigiu a uma multidão em Los Teques, uma cidade perto de Caracas, enquanto os legalistas de Maduro se reuniram para o que foi anunciado como uma manifestação “antiimperialista” na capital.
Essas manifestações de duelo se tornaram um padrão nas últimas semanas, uma vez que os grupos opostos disputam o poder em um país atingido por turbulência econômica e crise humanitária.
As manifestações ocorrem um dia depois da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho dizer que está pronta para entregar ajuda à Venezuela no próximo mês. O grupo humanitário diz que permanecerá neutro e advertiu ambos os lados no conflito venezuelano para não interferir com a distribuição de ajuda.
Desde ontem à noite, um novo apagão acontece na Venezuela e já se prolonga por 14 horas em vários estados do país, sem que as autoridades tenham se pronunciado a respeito até o momento.
O corte de energia atingiu quase todo o país por volta das 19h de sexta-feira (horário local, 20h em Brasília), e atualmente se mantém em estados da região oeste, como Barinas, Trujillo e Zulia, conforme relatos de moradores ouvidos pela Agência Efe.
Em várias cidades, o serviço de energia apresentou falhas nas últimas horas, como aconteceu ontem à noite durante vários segundos antes do corte definitivo, que de acordo com a imprensa local afetou 21 dos 23 estados.
Em Caracas, o metrô está inoperante, como no apagão do dia 7.
No último blecaute, Nicolás Maduro responsabilizou os Estados Unidos e à oposição venezuelana pela “sabotagem” no fornecimento de energia. Ele afirmou que foram realizados ataques “eletromagnéticos” e “com fuzil de longa distância” contra o sistema elétrico.
A oposição venezuelana culpa o governo por erros no sistema, assegurando que a inaptidão e a má gestão dos milionários recursos destinados ao setor elétrico foram as causas reais do problema.
*Com Estadão Conteúdo e Agência EFE
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