Venezuelanos começam a votar em referendo sobre território disputado com a Guiana

Cidadãos poderão comparecer à votação sobre a disputa por um território de quase 160 mil quilômetros quadrados, localizado a oeste do rio Essequibo e conhecido por suas riquezas em ouro, diamantes e petróleo

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2023 09h07
EFE/Miguel Gutiérrez venezuela-guiana-essequibo-referendo-EFE-Miguel Gutiérrez Pessoas manifestam-se durante o encerramento da campanha do referendo para o Essequibo, em Caracas (Venezuela)

A Venezuela abriu neste domingo 15.857 centros de votação onde os cidadãos poderão comparecer para participar no referendo não vinculativo sobre a disputa com a Guiana por um território de quase 160 mil quilômetros quadrados, localizado a oeste do rio Essequibo e conhecido por suas riquezas em ouro, diamantes e petróleo. Um dos primeiros a participar foi o presidente Nicolás Maduro, que poucos minutos depois das 6h (7h no horário de Brasília) votou em um centro localizado dentro da instalação militar Fuerte Tiuna, em Caracas, segundo imagens divulgadas pela emissora estatal “VTV”. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), 20,69 milhões de cidadãos poderão votar na consulta, que aborda, entre as suas cinco questões, a anexação do território ao mapa nacional e a implementação de um “plano acelerado” para atender a população da região, com concessão de cidadania e documentos de identidade.

Esta consulta, segundo o chefe de Estado, representa uma “oportunidade única” para reforçar a defesa do território. O encerramento da votação está previsto para 18h (17h em Brasília), com possibilidade de o horário ser prorrogado nos centros onde ainda haja filas. Um total de 356.513 militares estão destacados para monitorar o referendo, com o apoio de 51.778 agentes policiais para preservar a ordem e a segurança, segundo o governo, que afirmou ter tomado precauções contra “potenciais planos de sabotagem”. A Guiana pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que este ano se declarou competente para decidir sobre o caso, que tomasse medidas para “bloquear” o referendo e, embora na sexta-feira a Corte de Haia não tenha pedido diretamente o cancelamento do referendo, determinou que a Venezuela “se abstenha” de tomar “qualquer ação que modifique” a situação do território.

*Com informações da EFE

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