Viktor Orbán usa cachecol com mapa da ‘Grande Hungria’ e provoca 1º incidente diplomático da Copa

Estampa da vestimento faz referência a configuração da Hungria antes da Primeira Guerra Mundial e dá a entender que territórios da Ucrânia e Romênia pertencem aos húngaros

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2022 13h35
VIKTOR ORBAN FACEBOOK / SITE DE MÍDIA SOCIAL cachecol viktor orban Viktor Orbán usa cachecol com estampa da "Grande Hungria"

O primeiro-ministro da Hungria foi o responsável por protagonizar o primeiro incidente diplomático da Copa do Mundo. O polêmico Viktor Orbán apareceu em um vídeo usando um cachecol que tem como estampa o mapa da “Grande Hungria”, configuração antiga do país antes da Primeira Guerra Mundial, e que incluí o território que agora faz parte dos estados vizinhos da Áustria, Eslováquia, Romênia, Croácia, Sérvia e Ucrânia. A razão do atrito, é que nessa montagem, alguns territórios da Ucrânia – em guerra com a Rússia desde fevereiro – aparecem como sendo parte da Hungria.  O registro, feito durante um jogo amigável entre a Hungria e a Grécia, provocou a fúria dos ucranianos e romenos, que solicitaram que Orbán se desculpe pelo incidente. “Viktor Orbán veio a uma partida de futebol com um cachecol, que retrata a Hungria com parte do território ucraniano. A promoção do revisionismo ideias na Hungria não contribuem para o desenvolvimento das relações ucraniano-húngaras e não cumprem os princípios da política europeia”, disse o ministro dos exterior da Ucrânia, Oleg Nikolenko’s. “Um embaixador húngaro será convidado para o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, ao conhecimento do qual o ato de Viktor Orban será levado. Estamos esperando um pedido de desculpas oficial do lado húngaro e uma refutação aos zazíhans sobre a integridade territorial da Ucrânia”, acrescentou. Os dois países entraram em conflito repetidamente nos últimos anos sobre o que a Hungria disse serem restrições ao direito dos húngaros étnicos que vivem na Ucrânia de usar sua língua nativa, especialmente na educação, depois que a Ucrânia aprovou uma lei em 2017 restringindo o uso de línguas minoritárias nas escolas.

*Com informações da Reuters

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