Wuhan planeja testar seus 11 milhões de habitantes após novas infecções

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2020 11h14
EFE/EPA/ALEX PLAVEVSKI Pessoas conversando com máscara A cidade responderia com esses testes aos receios da população depois que seis novos casos foram detectados em um complexo residencial

As autoridades da cidade de Wuhan, na China, onde foram registradas as primeiras infecções da pandemia da covid-19, planejam realizar testes em seus 11 milhões de habitantes após detectar um pequeno surto em uma comunidade residencial. Foi o que informou nesta terça-feira (12) a imprensa estatal.

De acordo com o jornal oficial Global Times, que cita fontes da Autoridade de Saúde de Wuhan, a cidade está se preparando para iniciar uma campanha de testes que duraria cerca de dez dias, embora trata-se de um plano que ainda vem sendo estudado e cujos detalhes não foram revelados.

Caso se confirme, a cidade responderia com esses testes aos receios da população depois que seis novos casos foram detectados em um complexo residencial.

Wuhan e a província da qual é a capital, Hubei, estão sem registro de contágio desde 4 de abril, o que levou a essa região — que acumula 80% dos casos detectados na China e 97% das mortes — reduzir seu alerta de saúde do primeiro para o segundo nível no início deste mês.

O jornal também afirma que o governo municipal solicitou aos diferentes distritos a elaboração de planos detalhados para a realização dessa investigação epidemiológica, que se concentrará principalmente nas comunidades com maior densidade populacional e nas áreas onde a mobilidade dos moradores é maior.

O vice-diretor do departamento de biologia patogênica da Universidade de Wuhan, Yang Zhanqiu, lembrou que três a cinco milhões de habitantes da sétima maior cidade da China foram testados até agora: “Wuhan é capaz de testar outros 6 ou 8 milhões em dez dias”, garantiu.

No entanto, alguns especialistas citados pela imprensa local consideram desnecessário realizar testes em todos os habitantes da cidade devido ao seu alto custo e porque é impossível determinar se uma pessoa que deu um resultado negativo pode ser infectada posteriormente.

*Com informações da EFE

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