Zelensky convida Putin para negociações, aponta agência de notícias russa

Após o ministro das Relações Exteriores da Rússia dizer que o país está pronto para negociar, os ucranianos também se mostraram favoráveis ao fim do conflito armado

  • Por Jovem Pan
  • 25/02/2022 09h36 - Atualizado em 25/02/2022 09h45
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STEFANIE LOOS / POOL / AFP - 12/07/2021 Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convidou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para negociações, segundo a agência de notícias russa RIA. “Quero apelar ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Vamos sentar à mesa de negociações para impedir a morte de pessoas”, teria dito o ucraniano. Na manhã desta sexta-feira, 25, a mensagem também foi reforçada pelo assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak que afirmou, em uma mensagem para a agência de notícias Reuters, que a Ucrânia quer a paz e está pronta para negociar, inclusive sobre o status neutro em relação à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan): “Se as negociações são possíveis, elas devem ser realizadas. Se em Moscou eles dizem que querem manter conversas, inclusive sobre o status neutro, não temos medo disso (…) Nossa prontidão para o diálogo é parte de nossa busca persistente pela paz”.

Anteriormente, nesta sexta, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse, em coletiva de imprensa em Moscou que a Rússia também está pronta para negociar, mas colocou como condição que as Forças Armadas da Ucrânia deponham suas armas. Segundo ele, depois disso, os povos que vivem na Ucrânia vão poder “determinar seu próprio futuro sem nenhuma pressão externa”. Atualmente, a Ucrânia  não faz parte da Otan e nem da União Europeia, embora queira se juntar a ambos. A situação é uma das razões para a invasão russa ao país, já que Putin deseja manter a influência ocidental longe de suas fronteiras. Apesar disso, após a Ucrânia ganhar a independência, com a dissolução da União Soviética, ela desistiu de suas armas nucleares em troca de garantias de segurança pelos países europeus.

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