Zuckerberg fará depoimento no Parlamento Europeu sobre vazamento de dados

  • Por Agência EFE
  • 16/05/2018 17h14
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Reprodução/Facebook "O fundador e executivo-chefe do Facebook aceitou o nosso convite e estará em Bruxelas o mais rápido possível", disse o presidente do Parlamento Europeu Antonio Tajani

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, dará explicações aos deputados do Parlamento Europeu sobre o uso de dados pessoais dos usuários, após o vazamento em massa de informações à empresa Cambridge Analytica.

“O fundador e executivo-chefe do Facebook aceitou o nosso convite e estará em Bruxelas o mais rápido possível. Esperamos a próxima semana para se reunir com os líderes dos grupos políticos e com o presidente e o conferente da comissão de Liberdades Civis e Justiça”, disse nesta quarta-feira (16) o presidente do Parlamento Europeu (PE), Antonio Tajani, em comunicado.

Tajani explicou que os cidadãos europeus “merecem uma explicação completa e detalhada” e opinou que o fato de o fundador do Facebook ter aceitado comparecer perante os parlamentares, “é um passo em boa direção para restabelecer a confiança”.

O presidente explicou que a conferência de presidentes do PE decidiu organizar uma audiência com o Facebook e outras partes afetadas, que dará aos eurodeputados da comissão de Liberdades e de outras comissões do Parlamento a oportunidade de fazer “uma análise profunda dos aspectos relacionados com a proteção dos dados pessoais”.

Em particular, indicou Tajani, “será dada especial ênfase ao potencial impacto nos processos eleitorais na Europa”.

O presidente do PE ressaltou que a prioridade da Eurocâmara é assegurar o correto funcionamento do mercado digital, com uma alta proteção dos dados pessoais, regras efetivas sobre os direitos autorais e a proteção dos direitos do consumidor.

“Os gigantes de internet devem ser responsáveis do conteúdo que publicam”, incluídas as notícias falsas e as de caráter ilegal, disse Tajani.

Em março, os jornais “The New York Times” e “The Observer”, revelaram que a Cambridge Analytica utilizou dados para elaborar perfis psicológicos de eleitores, que supostamente venderam à campanha do agora presidente dos EUA, Donald Trump, durante as eleições de 2016 e à campanha britânica a favor do “brexit” prévia ao referendo de junho desse mesmo ano.

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