Mursi é investigado por entregar documentos nacionais do Egito ao Catar
Cairo, 28 ago (EFE).- A Procuradoria Geral do Egito investiga o ex-presidente islamita Mohammed Mursi pela entrega de documentação relacionada com a segurança nacional ao Catar, informaram nesta quinta-feira à Agência Efe fontes judiciais.
O procurador-geral, Hisham Barakat, ordenou ontem à noite a detenção preventiva de Mursi por 15, que já está preso e enfrenta outras acusações.
Os investigadores interrogaram o ex-presidente na prisão de Burg al Arab, que fica perto da cidade mediterrânea de Alexandria.
Os documentos que Mursi é acusado de vazas foram emitidos por importantes órgãos do país e entregues ao Catar através da televisão “Al Jazeera”.
A entrega dessa documentação a outro país prejudica a segurança nacional do Egito, segundo a agência oficial egípcia, “Mena”.
As relações entre Egito e Catar se deterioraram desde a cassação de Mursi, em 3 de julho de 2013, por causa do respaldo do emirado à Irmandade Muçulmana.
Mursi – dirigente da confraria – foi derrubado pelo exército após vários dias de protestos maciços que pediam a realização de eleições presidenciais antecipadas.
Ele está sendo processado por seu suposto envolvimento na morte de manifestantes, em um caso de espionagem, e por sua fuga da prisão de Wadi Natrun em 2011.EFE
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