Mursi pede que seus seguidores lutem até conseguir vitória no Egito

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 16h39
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Cairo, 4 jun (EFE).- O ex-presidente islamita do Egito, Mohammed Mursi, pediu nesta quarta-feira a seus seguidores para continuar sua “revolução pacífica até a vitória”, segundo uma carta publicada em sua página oficial no Facebook.

“Caminhem pelo caminho da revolução pacífica com a solidez das montanhas e com a determinação dos trovões, que vossa revolução terá sucesso muito em breve”, escreveu o ex-mandatário em uma carta enviada da prisão de Burj al Arab, em Alexandria.

Além disso, pediu a seus partidários para “preparar o ambiente revolucionário” para que a maioria do povo egípcio faça ouvir suas reivindicações, depois que já “tenha mostrado ao mundo seu silêncio imenso” durante as eleições presidenciais.

“Nenhum povo livre reconheceu este regime golpista criminoso graças à continuação da revolução pacífica dos egípcios”, acrescentou na carta, que assina como presidente da República Árabe do Egito.

Mursi explicou que ele mesmo fez todos os esforços para lutar contra “a corrupção e a criminalidade, mediante a lei e medidas revolucionárias”, e reconheceu que durante esse esforço conseguiu sucessos, embora também tenha cometido erros.

Além disso, Mursi reforçou sua chamada a seus seguidores para conservar sua revolução e seus objetivos para evitar que o sangue dos mortos, o sofrimento dos feridos e o sacrifício dos detidos sejam em vão.

A Aliança para a Legitimidade, integrada pela Irmandade Muçulmana e outros grupos islamitas, convocou em 29 de maio uma “terceira onda revolucionária” contra a eleição de Abdul Fatah Khalil Al Sisi e a favor da volta de Mursi, mas, no entanto, não foi seguida de grandes manifestações.

Mursi, que está preso enquanto são realizados vários julgamentos contra ele por uma série de causas, foi derrubado em 3 de julho do ano passado pelo exército após vários dias de protestos maciços que pediam a realização de eleições presidenciais antecipadas.

As Forças Armadas, apoiadas em grande parte pela classe política, estabeleceram um roteiro para a transição política que levou ao estabelecimento de uma nova Constituição e a eleição, no final do mês passado, do ex-ministro de Defesa Al Sisi como novo presidente.

O roteiro estabelecido pelos militares concluirá com a realização das eleições legislativas, previstas para este ano, que formarão o novo Parlamento. EFE

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