Na ONU, Obama afirma que ciclo da pobreza pode ser quebrado com ação coletiva

  • Por Agencia EFE
  • 27/09/2015 21h21

Nações Unidas, 27 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste domingo que é possível romper o ciclo da pobreza com compromisso e ação coletiva, ao pedir para “se deixar de lado o ceticismo” para cumprir as novas metas de desenvolvimento adotadas na ONU.

“O desenvolvimento funciona”, ressaltou Obama em seu discurso na sessão de encerramento da Cúpula sobre Desenvolvimento Sustentável da ONU.

O presidente americano sustentou que resta muito a fazer e citou, como exemplos, o fato de que 11 meninos e meninas morrem a cada minuto no mundo por causas “evitáveis” e que “centenas de milhões” de pessoas seguem sem ter acesso à água potável.

Obama também lembrou das centenas de mulheres que morrem a cada dia ao dar à luz e das 800 milhões de pessoas no mundo todo que passam fome.

As novas metas de desenvolvimento para 2030, cujo objetivo final é a erradicação da pobreza extrema, “são alcançáveis se trabalharmos juntos”, destacou Obama, ao pedir que sejam deixadas para trás nesta tarefa as “velhas divisões” entre nações ricas e em vias de desenvolvimento.

O presidente americano também alertou que os novos objetivos não serão alcançados sem fazer frente às “ameaças” que impedem hoje o desenvolvimento em muitos lugares do mundo.

“Os governos têm que abraçar a transparência e o Estado de direito”, pediu Obama, ao advertir contra a corrupção e as violações dos direitos humanos, e em seguida denunciou também as “velhas atitudes”, especialmente “as que negam oportunidades às mulheres”.

A “guerra” é outra das principais ameaças ao desenvolvimento, da mesma forma que a mudança climática, que afetará todos os países e serão “os mais pobres” que “suportarão as cargas mais pesadas”, segundo Obama.

Nesse sentido, lembrou o papa Francisco e sua afirmação que a luta contra a mudança climática é uma “necessidade moral”, e acrescentou que em apenas dois meses, em dezembro, o mundo terá a oportunidade de unir-se para buscar soluções a esse problema na cúpula da ONU sobre o clima que será realizada em Paris. EFE

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