Na véspera do 1º de maio, Dilma anuncia reajuste no Bolsa Família

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h58
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Rio de Janeiro, 30 abr (EFE).- Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão por ocasião do Dia do Trabalho amanhã, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira que assinou uma medida provisória que corrige a tabela do imposto de renda e um decreto que aumenta em 10% os benefícios do Bolsa Família.

“Acabo de assinar uma medida provisória corrigindo a tabela do imposto de renda, como estamos fazendo nos últimos anos, para favorecer aqueles que vivem da renda do seu trabalho. Isso vai significar um importante ganho salarial indireto e mais dinheiro no bolso do trabalhador”, afirmou Dilma, sem informar o percentual de correção.

“Assinei também um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do programa Brasil sem Miséria, assegurando que todos continuem acima da linha da extrema pobreza definida pela ONU”, acrescentou a presidente.

Após o pronunciamento de Dilma, o ministro da Comunicação Social, Thomas Traumann, detalhou que a correção será de 4,5% e que a medida provisória será publicada na sexta-feira no “Diário Oficial da União”.

Por sua parte, a assessoria do Ministério do Desenvolvimento Social informou que terão o reajuste de 10% no Bolsa Família os beneficiários que atualmente recebem o piso de R$ 70, o que corresponde a 36 milhões dos cerca de 50 milhões de atendidos pelo programa.

No pronunciamento, Dilma também falou sobre a Petrobras, que enfrenta denúncias de suspeita de superfaturamento na compra de uma refinaria e que teve o ex-diretor Paulo Roberto Costa preso pela Polícia Federal.

“A Petrobras jamais vai se confundir com atos de corrupção (..). O que tiver de ser apurado deve e vai ser apurado com o máximo rigor, mas não podemos permitir, como brasileiros que amam e defendem seu país, que se utilize de problemas, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem da nossa maior empresa”, declarou.

Nesse sentido, garantiu que seu governo será “implacável” no combate aos casos investigados pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União (CGU).

“O que envergonha um país não é apurar, investigar e mostrar. O que pode envergonhar um país é não combater a corrupção, é varrer tudo para baixo do tapete. O Brasil já passou por isso no passado e os brasileiros não aceitam mais a hipocrisia, a covardia ou a conivência”, destacou. EFE

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