Namíbia nomeia pela primeira vez uma mulher como primeira-ministra

  • Por Agencia EFE
  • 12/03/2015 13h33
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Johanesburgo, 12 mar (EFE).- Saara Kuugongelwa-Amadhila se tornou a primeira chefe de governo da história da Namíbia, após ser nomeada pelo presidente do país, Hage Geingob.

Kuugongelwa-Amadhila, de 47 anos, foi desde 2003 ministra de Finanças em sucessivos governos da Organização Popular do Sudoeste da África (SWAPO), que governa o país desde sua independência, em 1990.

Veterana da luta pela libertação do país, a qual se uniu quando ainda era adolescente, a nova primeira-ministra da Namíbia viveu parte de sua juventude no exílio e estudou nos Estados Unidos, onde se graduou em Economia.

“A posição de primeira-ministra tem seus próprios desafios e gosto do trabalho que tenho pela frente”, disse Kuugongelwa-Amadhila depois de Geingob anunciar ontem a nomeação.

Analistas políticos citados hoje pela imprensa elogiaram seu histórico livre de corrupção e sua capacidade intelectual e de gestão.

“Tem boa formação em gestão, e particularmente em gestão financeira, setor em que tem uma grande experiência”, afirmou o presidente sobre a primeira-ministra, a quem descreveu como “jovem, dinâmica e bonita”.

Como ministra de Finanças, Kuugongelwa-Amadhila conseguiu reduzir a despesa do governo namíbio e fechou com superávit o ano de 2006/2007 pela primeira vez na história do país.

Considerado um dos países menos corruptos e mais estáveis da África, a Namíbia foi reconhecida por instituições como o Banco Mundial (BM) por suas “políticas macroeconômicas prudentes” e seu crescimento sustentável nos últimos anos.

Tanto o SWAPO como outros partidos se comprometeram antes das eleições gerais e presidenciais a aplicar, nas instituições que controlassem, uma estrita política de paridade de gênero.

O presidente Geingob tomou posse este mês após vencer por arrasadores 86% na eleição presidencial.

Geingob substituiu Hifikepunye Pohamba, que foi agraciado este mês com o prestigiado Prêmio Ibrahim de liderança de presidentes africanos por suas conquistas à frente do país e por aceitar a limitação de dois mandatos que impõe a Constituição.

Este prêmio anual, dado pela Fundação Mo Ibrahim tinha ficado vago desde 2011, porque nenhum dirigente africano cumpriu os requisitos para recebê-lo. EFE

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