‘Não podemos tratar recursos da saúde de forma ideológica’, diz ministro Barros

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/11/2016 16h51 - Atualizado em 11/05/2017 16h19
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Brasília- O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa da 25ª Reunião de avaliação do Programa Nacional de Controle da Malária e da 8ª reunião de apoiadores municipais para controle da malária (Elza Fiuza/Agência Brasil) Elza Fiúza/Agência Brasil - 17/05/16 Ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu que os recursos para a pasta não são infinitos durante uma audiência pública na Câmara para prestação de contas do setor. “Não podemos tratar ideologicamente essa discussão de recursos da saúde. Os recursos são limitados à capacidade contributiva do cidadão brasileiro. Não é possível dar tudo para todos”, disse.

Ele citou como exemplo a decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve tomar sobre a responsabilidade dos 26 Estados e do Distrito Federal de prestar assistência no fornecimento de medicamentos de alto custo para pacientes de doenças raras e graves, com contribuição financeira da União.”Precisamos que o Supremo decida se o SUS é tudo para todos – o que é uma tarefa impossível de ser alcançada, porque não há arrecadação ilimitada; ou se o SUS é tudo o que está disponível ofertado para todos”, disse.

O ministro também saiu em defesa da PEC do teto dos gastos públicos e afirmou que o limite para as despesas não irá prejudicar os investimentos na saúde. “A PEC não é um problema para a saúde e educação, é um desafio para colocarmos o País de novo nos trilhos do crescimento econômico”. 

Barros argumentou que a PEC é necessária devido ao momento econômico, mas que pode ser revista quando houver mais verba à disposição do governo. “Estamos votando a PEC porque este momento do Brasil nos implica fazer isso. Se tivermos outro momento de bonança, sei que o Congresso vai adotar uma nova regra para os gastos públicos”, afirmou.

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