“Não vejo papel da Otan no Iraque”, declarou Rasmussen

  • Por Agencia EFE
  • 12/06/2014 12h10
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Madri, 12 jun (EFE).- O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, declarou nesta quinta-feira que não vê um papel da Aliança Atlântica no Iraque, ao lembrar que a missão principal da organização é a defesa de seus aliados e “ninguém lhe pediu nada”.

Em entrevista coletiva, realizada após uma reunião em Madri com o ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, Rasmussen explicou que os aliados europeus compartilham inteligência e informação perante ameaças como o terrorismo internacional.

O secretário-geral declarou que, nesse sentido, a Aliança pode desempenhar uma função ativa, mas precisou que, se for falar em presença física, não vê um papel no Iraque.

No entanto, Rasmussen assegurou que a Otan está acompanhando “muito de perto a situação” na zona, principalmente após o sequestro de cerca de 50 empregados do consulado da Turquia em Mossul (Iraque) e de cerca de 30 caminhoneiros turcos pelos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

O político dinamarquês condenou “categoricamente a violência constatada no Iraque”, assim como a tomada de reféns, e, após expressar seu apoio aos sequestrados e a suas famílias, pediu aos sequestradores libertá-los “imediatamente”.

“Não há nada que justifique uma atuação criminosa deste tipo”, ressaltou Rasmussen, quem explicou que a Turquia informou na quarta-feira, por vontade própria e em reunião “meramente informativa”, a situação no Iraque ao Conselho do Atlântico Norte.

Neste sentido, Rasmussen pediu a “todas as partes” envolvidas frear a violência e insistiu na “libertação dos sequestrados”.

A principal missão da Otan é defender a seus aliados perante um ataque e garantir a proteção eficaz de suas sociedades e territórios, reiterou o secretário-geral, que, como exemplo, citou o envio de mísseis antiaéreos Patriot à Turquia (para proteger ao país de possíveis ataques da Síria).

O secretário-geral da Otan realiza uma visita oficial à Espanha, na qual falará sobre Afeganistão, a segurança na Europa após o conflito da Ucrânia e as missões da Otan que contam com participação da Espanha, entre outros pontos. A agenda de Rasmussen em Madri será encerrada com uma reunião com o presidente do Governo, Mariano Rajoy.

Rasmussen deixará o cargo à frente da Otan e, no próximo dia 1º de outubro, será substituído pelo ex-primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg. EFE

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