Nasa realiza observação mais completa de uma labareda solar
Washington, 7 mai (EFE).- A combinação das observações de quatro telescópios permitiu à Nasa documentar uma labareda solar com a maior precisão até agora, segundo informou nesta quarta-feira a agência espacial americana.
Os quatro telescópios observaram em 29 de março a erupção de uma labareda solar de tipo X, que são as maiores, com capacidade para criar tempestades radioativas que podem produzir auroras e afetar os voos que passam pelos pólos da Terra.
“Ter um registro tão intenso de uma labareda desde tantos observatórios não tem precedentes”, disse Jonathan Cirtain, cientista do projeto Hinode no Centro Marshall da Nasa.
Apesar de existir vários observatórios especiais que fixam sua atenção permanentemente no sol, nunca tinha ocorrido a coincidência de captar um evento assim estando vários apontando ao mesmo lugar.
Os dados captados ajudarão os cientistas a um melhor entendimento do processo destas grandes explosões.
“Talvez sejamos algum dia capazes de prever sua aparição e advertir dos blecautes nas comunicações que as labaredas solares podem causar perto da Terra”, indicou a Nasa em comunicado.
O sol passa por ciclos regulares de atividade e a cada 11 anos aproximadamente se produz um pico máximo na atividade, no qual costumam ocorrer tempestades que às vezes deformam e inclusive atravessam o campo magnético da Terra.
As observações coordenadas são fundamentais para entender a dinâmica destas erupções que se produzem no sol periodicamente e os efeitos que têm sobre o clima espacial, em particular perto da Terra, já que podem afetar as comunicações.
A Nasa destacou a importância deste achado já que, apesar do prognóstico meteorologia terrestre avançar graças à tecnologia -atualmente são utilizados sensores e diferentes tipos de registadores de temperatura-, as observações solares ainda dependem de alguns telescópios espaciais e terrestres.
Os instrumentos destes observatórios medem cada um um aspecto diferente da labareda em seus diferente períodos desde que emerge da superfície solar a distintas temperaturas e juntos podem construir uma imagem tridimensional do que acontece no sol.
Os artefatos envolvidos foram Íris (acrônimo para Espectógrafo de Imagens da Interface Solar), o laboratório solar SDO (Solar Dynamics Observatory) e o espectroscópio RHESSI (Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager) da Nasa.
Além disso, também participaram o satélite japonês Hinode e o telescópio do observatório solar Dunn localizado em Sacramento (Novo México, EUA.). EFE
elv/ff
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