Navio da Flotilha da Liberdade chega a porto de Israel após abordagem
Jerusalém, 29 jun (EFE).- O navio da Flotilha da Liberdade III abordado na última madrugada por Israel chegou na noite desta segunda-feira ao porto israelense de Ashdod, onde as autoridades se preparam para deportar os 18 ativistas e tripulantes.
“O navio chegou ao porto de Ashdod acompanhado de forças navais do exército. O barco e sua tripulação estão sendo transferidos às autoridades apropriadas para realizar o processo de imigração e deportação”, informou um comunicado do exército israelense.
Trata-se da embarcação sueca “Marianne”, que partiu no mês passado da Suécia com a missão de mobilizar apoios para a causa palestina e transferir painéis solares e remédios a Gaza, rompendo o bloqueio imposto por Israel há oito anos e apoiado pelo Egito.
Os outros três navios que faziam parte da Flotilha – “Rachel”, “Juliano II” e “Vittorio” – deram a volta e desistiram de sua tentativa de chegar à faixa palestina.
As embarcações levavam cerca de 50 ativistas, jornalistas, políticos e artistas pró-Palestina.
As 18 pessoas que viajavam para bordo do Marianne, entre outros, o deputado árabe-israelense Basel Ghatas e o ex-presidente tunisiano Moncef Marzouki, serão interrogados e deportados a seus países de origem através do aeroporto internacional de Ben Gurion, perto de Tel Aviv.
Por sua vez, os cidadãos israelenses serão colocados à disposição da polícia, informou o site do jornal israelense “Ynet”.
O “Marianne” foi abordado na madrugada de ontem por comandos das forças especiais Shayetet 13, segundo Israel, depois que os ativistas rejeitaram reiteradamente as instruções de mudar seu rumo.
Israel defende que a abordagem aconteceu de acordo com a legislação internacional, enquanto o movimento Rumo a Gaza, um dos que promove a iniciativa, tacha o ato de “pirataria” e insta à comunidade internacional a exigir de Israel a suspensão do bloqueio. EFE
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