Nazarbayev e Azevêdo definem ingresso do Cazaquistão à OMC como histórico

  • Por Agencia EFE
  • 27/07/2015 13h39

Genebra, 27 jul (EFE).- O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, e o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, concordaram em definir esta segunda-feira como “histórica” após a adoção do protocolo que formaliza a adesão do país euro-asiático ao organismo.

“Hoje é um dia realmente histórico”, afirmou Nazarbayev em seu discurso perante o plenário do Conselho Geral da OMC, o principal órgão decisório do organismo, que acabava de adotar o protocolo de adesão.

“Hoje é um dia histórico para o Cazaquistão, mas também para a OMC porque se acerca de seu objetivo de contar com uma filiação universal”, indicou por sua vez Azevêdo, durante seu discurso.

Após quase 20 anos de negociações, hoje foi finalizada a adesão do país euro-asiático com a votação do plenário, duas longas décadas que, segundo o presidente cazaque, demonstram “a perseverança” de seu país, uma nação que, a seu entender, mudou muito nestes 20 anos.

“O PIB por habitante se multiplicou nestes 20 anos por 18, o que nos iguala com outras nações da Europa Central”, assegurou Nazarbayev.

O líder destacou, além disso, que os laços comerciais ampliaram exponencialmente nestas duas décadas, até os US$ 120 bilhões de volume de comércio exterior.

“Nos anos 90, comercializávamos eminentemente com os países da ex-União Soviética, e agora fazemos com mais de 85 estados”, disse.

Além disso, o presidente cazaque indicou que a estrutura da Economia de seu país mudou e que agora 54% do PIB é gerado pelo setor de serviços, “ao qual damos grande prioridade”.

“Todo mundo sabe que nós dependemos muito dos recursos naturais como o petróleo e o gás, mas queremos diversificar nossa economia no futuro”, indicou, convidando “investidores estrangeiros” a participarem da liberalização do setor das telecomunicações.

Finalmente, Nazarbayev confessou que “não quer cair na armadilha dos países de renda média”, mas quer seguir desenvolvendo a economia, algo que considera que acelerará graças ao ingresso na OMC.

Uma afirmação que foi corroborada Azevêdo, para quem a adesão “terá uma incidência econômica fundamental e um impacto sistêmico e humano porque irá gerar postos de trabalho”. EFE

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