Nazarbayev propõe criar “rede internacional” contra o terrorismo
Ufa (Rússia), 10 jul (EFE).- O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, propôs nesta sexta-feira a criação de uma “rede internacional sob a égide da ONU” para combater o terrorismo, durante discurso na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO) na cidade russa de Ufa.
“A única forma de enfrentar o terrorismo é criar uma rede internacional sob a égide da ONU. Devemos incluir este assunto na agenda da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas” realizada neste ano, disse Nazarbayev.
O líder cazaque ressaltou o papel de organizações regionais como a SCO e a União Econômica Euroasiática (UEE), das quais seu país é membro fundador, em um “mundo multipolarizado” que enfrenta “desafios e ameaças globais” como o terrorismo.
“Em muito pouco tempo, o espírito de Xangai se tornou o novo símbolo da Eurásia. O diálogo entre a UEE e a SCO proporciona uma ampla cooperação entre continentes”, acrescentou.
Nazarbayev lembrou que o Cazaquistão pretende se transformar em um importante elo de comunicações entre Europa e Ásia, e por seu território passarão a rodovia entre China e Europa Ocidental, a ferrovia entre China e o mar Cáspio, e o corredor ferroviário que unirá seu país com o Golfo Pérsico através de Turcomenistão e Irã.
“Essas artérias de transporte são ligações por unirem Ásia, Europa, o Cáucaso e os países do Oriente Médio”, afirmou.
O presidente cazaque saudou o início do processo para a adesão de dois novos membros à SCO: Índia e Paquistão.
“O respeito, a experiência internacional e o potencial econômico de Índia e Paquistão são grandes apoios para as perspectivas de futuro de nossa organização”, ressaltou.
Nazarbayev também se manifestou por uma pronta conclusão das negociações entre Irã e o Grupo 5+1 (Rússia, Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Alemanha) sobre o programa nuclear iraniano.
“Quero ressaltar que Teerã ocupa um lugar importante como fiador da segurança regional e internacional, e também como parte de nosso sistema de comunicações econômicas e comerciais”, enfatizou o líder cazaque. EFE
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