Negociação nuclear com Irã pode ser prorrogada após a data limite de 30/6

  • Por Agencia EFE
  • 28/06/2015 13h06

Viena, 28 jun (EFE).- O Irã e as seis potências que negociam em Viena um acordo sobre o programa nuclear iraniano se manifestaram neste domingo dispostos a estender os contatos além de 30 de junho, data limite fixada no início das negociações.

Um porta-voz da delegação iraniana indicou que as delegações continuarão em Viena depois dessa data, já que ainda há muito trabalho para fechar os detalhes do acordo, negociado desde novembro de 2013 pelo Irã com o chamado G5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).

Fontes dos Estados Unidos assinalaram que seus negociadores, dirigidos pelo secretário de Estado, John Kerry, planejam ficar em Viena além dessa data.

Em sua chegada hoje a Viena para os contatos, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, assinalou que, embora tentem manter o calendário previsto, há flexibilidade para estender os contatos por mais alguns dias.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammed Javad Zarif, voltou hoje a Teerã para receber instruções de seu governo.

Zarif deve retornar amanhã mesmo para Viena para continuar as negociações.

Fontes iranianas indicaram que ultrapassar a data do dia 30 não significa que haja intenção de prorrogar as negociações, como ocorreu em julho de 2014, quando expirou pela primeira vez o prazo inicialmente previsto e as duas partes argumentaram que os progressos feitos justificavam ampliá-lo até novembro.

Quando chegou essa data, foi aprovada uma nova ampliação, que expira nesta terça-feira.

O G5+1 e o Irã já chegaram em abril a um acordo marco cujos detalhes devem agora ser concretizados em um documento definitivo que servirá para limitar o programa atômico iraniano, de modo que não tenha capacidade de desenvolver armas atômicas no curto prazo.

O regime de inspeções que o Irã deverá se submeter e o ritmo de suspensão das sanções internacionais são os dois pontos que dificultam a obtenção de um acordo. EFE

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