Negociação nuclear continua a duas semanas de prazo para acordo final

  • Por Agencia EFE
  • 17/06/2015 09h07

Viena, 17 jun (EFE).- O Irã e as grandes potências iniciam nesta quarta-feira uma nova sessão de negociações para chegar a um acordo que assegure que o país asiático não possa construir armas nucleares, faltando apenas duas semanas para expirar o prazo para fechar um documento definitivo.

A diretora política da UE, Helga Schmid, representa no encontro o Grupo 5+1 (EUA, França, China, o Reino Unido, Rússia e Alemanha) enquanto a delegação iraniana é dirigida pelos vice-ministros de Relações Exteriores, Seyed Abbas Araghchi e Majid Tajt Ravanchi.

Segundo anunciou hoje a UE em comunicado, espera-se que representantes do resto de países se incorporem ao encontro ao longo da semana.

Ainda não há informações sobre se os ministros das Relações Exteriores dos países envolvidos na negociação se deslocarão a Viena nos próximos dias conforme for se aproximando a data limite de 30 de junho.

O encontro ocorre no mesmo luxuoso hotel do centro da cidade que acolheu várias rodadas de contatos nos últimos 16 meses, apesar das suspeitas de que o estabelecimento tenha sido alvo de escutas e espionagem mediante um vírus informático.

Fontes da delegação iraniana indicaram que, por enquanto, não vai haver mudança nem a cidade e nem a sede das negociações.

O alvo do acordo é impor limites ao programa nuclear iraniano de modo que se assegure que Teerã nem quer e nem pode desenvolver uma arma atômica em um prazo inferior a 12 meses.

Um regime mais severo de inspeções e a redução da capacidade de produzir combustível nuclear são algumas das questões que fazem parte desse acordo.

Em troca de aceitar essas restrições, por períodos que oscilam entre 10 e 25 anos, serão suspensas as sanções internacionais que pesam sobre a economia iraniana.

O Irã e as potências acordaram em novembro de 2013 uma roteiro que, após vários encontros e negociações, levou em abril ao fechamento de um princípio de acordo cujos detalhes deveriam ficar ultimados em junho. EFE

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