Negociações entre Irã e G5+1 entraram nos “detalhes”, diz ministro iraniano
Teerã, 19 jan (EFE).- O Irã e o Grupo 5+1 (China, Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido mais Alemanha) entraram nos “detalhes” das negociações nucleares, informou nesta segunda-feira o ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohamad Yavad Zarif.
“As negociações ficaram complicadas. Entramos nos detalhes, o geral já está determinado. A dificuldade fica sempre nos detalhes” disse Zarif, segundo a agência oficial “Irna”.
O chefe da diplomacia iraniana ressaltou que, no contexto geral, por exemplo, “o princípio do enriquecimento, a necessidade de eliminação das sanções e o sustento do programa nuclear do Irã foram aceitos por todos”.
Zarif propôs que, “caso a outra parte esteja disposta”, um acordo nuclear ocorra “no mês de Bahman (Fevereiro), no aniversário da vitória da Revolução Islâmica”. Também ressaltou que o “Irã começou as negociações com o objetivo de alcançar um resultado, mas com o propósito de sustentar as conquistas científicas e lucro nacionais”.
Após classificar como “sérias e francas” as conversas que manteve com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em Genebra, o ministro reiterou que o G5+1 deve deixar a “política de pressão” se quiser chegar a uma solução.
“Não podem negociar e ao mesmo tempo pressionar, acho que este assunto já ficou claro. Atualmente, só estamos falando sobre o mecanismo”, disse.
Zarif também citou a possibilidade de um encontro entre ele e seus colegas do Grupo 5+1 na véspera do Fórum Econômico Mundial que será iniciado nesta quarta-feira na cidade de Davos, na Suíça.
“Ainda não foi feita uma programação determinada para o encontro, mas é uma oportunidade”, disse o ministro iraniano, que destacou que “possivelmente” haverá outra rodada de negociações após a Conferência de Segurança de Munique, que será realizada entre 6 e 8 de fevereiro.
O Irã e as grandes potências tinham como data limite o dia 24 de novembro para firmar um pacto que acabe com mais de 12 anos de confrontos e sanções internacionais contra o Irã. Como não houve um acordo, foi concedida uma prorrogação de sete meses para as negociações, até o dia 1º de julho. EFE
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