Negociações para cessar-fogo em localidades sírias disputadas fracassam

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2015 10h18
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Cairo, 15 ago (EFE).- As negociações para prolongar o cessar-fogo de 72 horas entre as forças governamentais e os rebeldes nas localidades sírias disputadas de Fua, Kefraya e Zabadani foram interrompidas neste sábado por falta de acordo, segundo ativistas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que as negociações realizadas entre delegações iranianas e do grupo xiita libanês Hezbollah, pelo lado governamental, e facções rebeldes locais, por outro lado, ficaram interrompidas hoje.

Segundo a fonte, os dois grupos não conseguiram alcançar um acordo sobre o número de detidos que o governo sírio deve libertar, já que o mesmo estaria disposto a soltar mil presos no máximo, enquanto os opositores elevam esse número até os 20 mil.

O fracasso do diálogo ocorreu depois que caíssem projéteis, lançados pelos rebeldes, em Fua, na província setentrional de Idlib, o que deixou pelo menos dois mortos, segundo o Observatório.

O cessar-fogo de 48 horas, que entrou em vigor às 6hora local (0h em Brasília) da quarta-feira, foi estendido durante outras 24 horas, até o dia de hoje.

Por sua vez, o grupo sírio Comitês de Coordenação Local informou também que o cessar-fogo e as negociações fracassaram nas três localidades, onde foram retomadas as hostilidades e os bombardeios nesta mesma amanhã.

Al Zabadani é uma estratégica população da periferia de Damasco, próxima à fronteira com o Líbano, que é palco desde 4 de julho de uma ofensiva das forças governamentais, apoiadas pelo grupo xiita libanês Hisbolá, que tratam de expulsar aos rebeldes.

Fua e Kefraya são duas localidades que estão assediadas pela Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, e outros grupos armados aliados, opositores ao governo do presidente Bashar al-Assad.

O diálogo tinha se centrado em garantir aos combatentes do Movimento Islâmico dos Livres de Sham, uma das organizações opositoras em Al Zabadani, ônibus para que possam sair desta cidade, em troca de transferir os moradores xiitas das povoações Fua e Kefraya a Damasco e a zonas periféricas.

O Irã é um dos principais aliados do regime de Al-Assad, junto o Hezbollah, ambos xiitas, da mesma forma que o presidente sírio. EFE

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