Negociações sobre programa nuclear iraniano prosseguirão na próxima semana

Genebra, 23 fev (EFE).- As negociações sobre o programa nuclear iraniano prosseguirão na próxima segunda-feira, confirmaram hoje fontes americanas após a conclusão da última rodada que aconteceu em Genebra.

As negociações convocadas pelo chamado G5+1, composto pelos países-membros do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) mais Alemanha, duraram três dias.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, e seu colega americano, John Kerry, se reuniram hoje de novo para tentar avançar nas negociações.

Em dito encontro também participaram o secretário de Energia dos Estados Unidos, Ernest Moniz, e o diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi.

A participação de Moniz e Salehi, considerados os especialistas de maior categoria no tema nuclear,foi interpretada como indicadora de que a negociação está sendo destravada.

Kerry disse a funcionários de seu país ao partir do hotel onde ocorreram lugar os encontros que hoje foram “feito progressos”.

Minutos antes, um alto cargo da Administração americana definiu os três dias de negociação como “discussões muito sérias, úteis e construtivas”.

“Avançamos, mas ainda temos um longo caminho para percorrer”, afirmou a mesma fonte, que disse que houve avanços em alguns aspectos “sobre os quais se pode trabalhar para conseguir uma resolução”.

No entanto, deixou claro que há outros “assuntos muito importantes” que ainda ficaram pendentes.

Com relação à reunião da próxima segunda-feira, as mesmas fontes confirmaram que será em nível de vice-ministros e não se sabe ainda o lugar.

O desejo dos participantes das negociações é que a reunião ocorra em Genebra, um extremo que no entanto não está confirmado, dada a falta de disponibilidade hoteleira na cidade porque durante esses dias é realizado o segmento de Alto Nível do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Os negociadores têm até junho para chegar a um acordo final, mas foi imposto obter um acordo marco antes do final de março para poder ter três meses de prazo para definir os aspectos técnicos.

Os países ocidentais querem estar seguros de que o programa nuclear iraniano só tem objetivos civis e que não poderá ser utilizado para fabricar armas atômicas, por isso que pretendem restringi-lo o máximo possível em troca de suspender as sanções econômicas que pesam sobre esse país. EFE