Negociadores do governo e das Farc plantam com vítimas uma árvore pela paz
Havana, 16 dez (EFE).- Integrantes das delegações do governo colombiano e das Farc, entre eles os chefes negociadores Humberto de la Calle e “Ivan Márquez”, respectivamente, plantaram nesta terça-feira em Havana uma árvore pela paz junto com as 12 vítimas que participaram hoje da mesa de negociações.
As vítimas Mauricio Armitage, um empresário do departamento do Caquetá que esteve sequestrado pelas Farc, e Piedad Córdoba, senadora sequestrada por paramilitares em 1999, foram os encarregados de falar em nome do resto do grupo.
Armitage expressou seu desejo de que essa árvore se transforme em símbolo de uma Colômbia “onde se respeite a vida e a esperança volte”; enquanto Córdoba indicou que o ato “rubrica o interesse do governo colombiano e as Farc na busca da paz e da justiça social”.
“Queremos que esta data de hoje fique marcada no coração de todos os colombianos e que todos os 16 de dezembro estejamos em todo o país semeando árvores da paz, árvores da vida”, assinalou Piedad Córdoba, a mais midiática das 60 vítimas que já participaram da mesa de diálogos.
Neste ato simbólico ato, Humberto de la Calle, chefe negociador do governo; e “Ivan Márquez” (alcunha de Luciano Arango Marín), das Farc, jogaram terra para semear “a árvore da paz”, assim como os representantes dos países fiadores, Cuba e Noruega, Rodolfo Benítez e Dag Nylander.
Os representes dos países que acompanham o processo de paz, os diplomatas Luis Maira pelo Chile e Roy Chaderton pela Venezuela, se encarregaram de regar o pequeno pinheiro plantado no jardim do complexo de “Lo Laguito” de Havana, onde foram realizadas as cinco reuniões com grupos de vítimas.
No ato também estiveram presentes o representante da Conferência Episcopal, monsenhor Luis Augusto Castro; o da ONU, Fabrizio Rothschild; e da Universidade Nacional, Alejo Vargas, as três organizações que se ocuparam da seleção das 60 vítimas que foram a Havana desde que o primeiro grupo viajou, em meados de agosto.
O quinto e último grupo de vítimas, composto por seis homens e seis mulheres, teve hoje uma reunião de mais cinco horas com as delegações de paz do governo e as Farc. EFE
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