Negociadores do governo viajam para Cuba para diálogo de paz com as Farc

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h24

Bogotá, 22 set (EFE).- Os negociadores do governo colombiano viajaram nesta segunda-feira a Havana para iniciar amanhã o ciclo número 29 do processo de paz que mantêm com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há quase dois anos, confirmaram à Agência Efe fontes oficiais.

Este novo ciclo se prolongará até 3 de outubro e se inscreve dentro do quarto dos cinco pontos que constam na agenda para negociar a paz, referente ao reconhecimento e reparação das vítimas.

Como já ocorreu com o anterior ciclo, uma nova delegação de 12 vítimas participará no fechamento deste período de diálogo e falará com as partes negociadoras em reunião prevista para 2 de outubro.

Este grupo será o terceiro dos cinco que as Farc e o governo receberão na capital cubana, todos eles escolhidos pelas Nações Unidas e o Centro de Pensamento da Universidade Nacional a pedido das partes negociadoras.

A seleção dos integrantes das delegações, que devem representar um universo de mais de 6,5 milhões de vítimas colombianas de assassinatos, massacres, desaparecimento e torturas, é realizado com base em quatro foros, três regionais e um nacional, realizados em diversas cidades da Colômbia entre julho e agosto.

As Nações Unidas advertiram na apresentação do primeiro grupo em Bogotá, em 16 de agosto, que a formação dos grupos variaria em função das reações que despertassem na sociedade.

Dos 12 integrantes dessa primeira comitiva, cinco foram vítimas das Farc, quatro do Estado, dois de grupos paramilitares e um de vários atores armados, algo que mudou na segunda delegação, onde nove das 12 vítimas foram mulheres.

Nos últimos dez dias as operações militares, os ataques guerrilheiros e os enfrentamentos entre ambas as partes aumentaram.

As Farc atribuíram no domingo o assassinato de sete policiais em uma zona rural do departamento caribenho de Córdoba.

Ao mesmo tempo que os diálogos avançam e as vítimas participam, uma Comissão Histórica, integrada por seis especialistas de cada parte e dois relatores, elabora um documento que indaga nas causas históricas do conflito armado que se desenvolve na Colômbia há meio século e que deve terminar no final de ano. EFE

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