Netanyahu afirma que Jerusalém não será dividida novamente
Jerusalém, 28 mai (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta quarta-feira que Jerusalém permanecerá indivisível e como capital de Israel, segundo informou a imprensa local.
“Há 47 anos Jerusalém foi reunificada e nunca mais será dividida de novo”, afirmou o primeiro-ministro durante uma sessão especial realizada hoje no parlamento israelense por ocasião da celebração do Dia de Jerusalém.
A data lembra o dia no qual, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, as tropas israelenses ocuparam Jerusalém Oriental, incluída a Cidade Antiga e lugares santos como a Esplanada das Mesquitas, além da Cisjordânia, Gaza (evacuada em 2005), Sinai egípcio (evacuada em 1982) e o Golã sírio.
Durante a sessão parlamentar, o líder da oposição trabalhista, Isaac Herzog, criticou a política do governo israelense na cidade, que teria mudada a essência do local.
“De uma cidade que é supostamente um símbolo do multiculturalismo e diálogo interreligioso para um barril de pólvora político e diplomático”, argumentou.
Em sua opinião, a polícia “criou uma situação na qual o mundo compara uma construção em Jerusalém com qualquer assentamento. A capital está em um estado muito sensível que poderia levar a sua divisão”.
Nabil Abu Rudeina, o porta-voz do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, respondeu às declarações de Netanyahu ressaltando que a “postura palestina, árabe e internacional determina que Jerusalém Oriental é capital do Estado palestino e que não haverá acordo sem ela”.
“A continuação desta política, que vai contra as resoluções internacionais, tem consequências muito graves e não ajuda a criar a oportunidade para se conseguir a paz”, acrescentou o porta-voz em uma nota divulgada pela agência “Maan”.
Ao longo do dia, a polícia e a imprensa informaram sobre vários casos de conflitos entre judeus e palestinos, sem nenhum registro de feridos.
Nesta manhã, a polícia israelense enfrentou manifestantes palestinos que atiraram pedras da Esplanada das Mesquitas contra fiéis que rezavam no Muro das Lamentações. EFE
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