Netanyahu anuncia que promoverá lei para garantir status judeu de Israel

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h58
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Jerusalém, 1 mai (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira seus planos de promover uma legislação para garantir o caráter judeu do país.

“É minha intenção apresentar uma legislação básica à Knesset (parlamento israelense) que sirva de base constitucional ao status de Israel como estado nacional do povo judeu”, disse Netanyahu em cerimônia realizada no Salão de Independência de Tel Aviv, lugar onde foi lida a declaração de 14 de maio de 1948.

Apenas dois dias depois de expirar de forma oficial o prazo que israelenses e palestinos se deram para negociar um acordo de paz, o chefe do Executivo de Israel anunciou essa decisão relativa a uma das questões mais espinhosas do diálogo e que impediram em boa medida seu avanço.

“A Declaração de Independência fixa, como pedra fundamental na vida do estado, a identidade nacional judia do Estado de Israel. Para meu grande pesar, como vimos recentemente, há alguns que não reconhecem este direito natural”, disse Netanyahu no ato, segundo um comunicado de seu escritório divulgado hoje.

Além disso, ele acusou “aqueles”, sem mencionar diretamente os palestinos, que “tentam destruir a justificativa histórica, moral e legal para a existência do Estado de Israel” como estado nacional dos judeus.

“O apoio do estabelecimento de um estado nacional palestino e a rejeição – ao mesmo tempo – a reconhecer o estado nacional judeu mina a longo prazo o próprio direito do Estado de Israel de existir”. frisou.

O governo israelense exigiu no último processo promovido por Washington desde julho de 2013 que os palestinos reconhecessem seu estado como judeu, uma condição não admitida pela Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Os palestinos argumentaram durante as conversas que já reconheceram de fato Israel em 1989 e que vizinhos que assinaram tratados de paz com o país, como Egito e Jordânia, não tiveram essa exigência de reconhecimento.

Além disso, eles alegam que reconhecer Israel como estado judeu ameaçaria os direitos da população palestina com cidadania israelense, assim como o direito ao retorno dos refugiados.

Israel celebra na semana que vem o 66º aniversário de sua fundação, que o país lembra segundo o calendário hebreu com atos institucionais, paradas militares e festivais. EFE

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