Netanyahu condena resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU

  • Por Agencia EFE
  • 03/07/2015 20h06
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Jerusalém, 3 jul (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o Conselho de Direitos Humanos da ONU de “não estar interessado nem nos fatos nem nos direitos humanos”, após adotar nesta sexta-feira uma resolução que condenou a impunidade para os que cometeram crimes durante a ofensiva do ano passado em Gaza.

“No mesmo dia em que dispararam contra Israel desde o Sinai e enquanto o Estado Islâmico está cometendo ataques terroristas viciosos no Egito, enquanto (Bashar Al) Assad assassina seu povo na Síria e as execuções arbitrárias anuais crescem no Irã, o Conselho de Direitos Humanos da ONU decide condenar o Estado de Israel por atuar para se defender de uma organização terrorista assassina”, criticou Netanyahu em comunicado.

O chefe do governo israelense acrescentou na nota que seu país é “uma democracia estável no Oriente Médio que respeita a igualdade de direitos e atua de acordo com a legislação internacional”.

“Os que têm medo de atacar abertamente o terrorismo, no final sofrerão o terrorismo”, sentenciou.

Netanyahu acusou o conselho de ter aprovado mais decisões contra seu país do que contra todos os demais juntos e garantiu que “Israel seguirá defendendo seus cidadãos”.

O organismo da ONU adotou hoje uma resolução em que instou todas as partes envolvidas no conflito da Palestina a colaborar com a investigação preliminar realizada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre os 50 dias de enfrentamentos na Faixa de Gaza.

O Conselho se mostrou “alarmado pela prolongada, impune e sistemática violações do direito internacional, o que permitiu a repetição de graves violações sem que houvesse consequências”.

Uma missão de investigação criada pelo mesmo Conselho lamentou recentemente que os responsáveis pelos graves crimes ocorridos na ofensiva não tenham sido julgados.

A resolução lamentou a falta de cooperação de Israel com essa missão “e sua recusa em permitir o acesso dos organismos internacionais de direitos humanos” para investigar supostas violações do direito internacional nos territórios palestinos ocupados, incluída Jerusalém Oriental.

A comissão acusou tanto as Forças Armadas israelenses como os grupos armados palestinos de cometer atrocidades que podem constituir crimes de guerra durante os confrontos de julho e agosto de 2014, que mataram 2.251 palestinos (1.462 deles civis e 551 crianças) e 67 soldados e seis civis do lado israelense.

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