Netanyahu decide avançar em polêmico acordo de exploração de gás natural

  • Por Agencia EFE
  • 28/06/2015 09h04
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Jerusalém, 28 jun (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se mostrou decidido a seguir adiante com a iniciativa de desenhar a estratégia de expansão e desenvolvimento dos campos de gás natural do país, horas depois de um grande protesto contra.

“Estou decidido a avançar em uma solução realista que traga gás à economia israelense. Não capitularei às propostas populistas que deixam o gás sob o solo”, afirmou Netanyahu neste domingo ao início da reunião semanal com seu gabinete ministerial, segundo um comunicado divulgado por seu escritório.

Durante o encontro ministerial foi acordado transferir para este gabinete a autoridade do Ministério da Economia sobre a tomada de medidas para aumentar a quantidade de gás produzido em campos israelenses e cujas decisões serão apresentadas a debate público nos próximos dias para depois serem discutidas de novo pelo conselho de ministros, esclareceu o documento.

Ontem à noite milhares de pessoas se manifestaram em Tel Aviv para pedir a redução dos preços do gás ao consumidor, transparência no projeto da estrutura de exploração do gás (aprovada por um gabinete reduzido e a portas fechadas esta semana) e o desmantelamento do que consideram o monopólio Nobel-Delek, as duas empresas que exploramm os principais campos de gás na costa israelense.

Quinta-feira o Gabinete de Segurança israelense anunciou que irá desenvolver e expandir os campos de gás natural de acordo com questões estratégicas de “segurança do estado e relações exteriores” (âmbito do qual se ocupa o Gabinete), mas que muitos viram como uma tentativa de escapar a legislação antimonopólio do país.

Antes do anúncio do Gabinete, as autoridades israelenses chegaram a um acordo com seus sócios Delek e Nobre Energy para estabelecer os fundamentos da estrutura futura do mercado deste combustível, obrigando a propriedade dos campos a estar diversificada para aumentar a concorrência e pondo um limite às exportações, mas não permitirá que o estado regule os preços.

Segundo alegou Netanyahu hoje, o esquema desenhado pelo Gabinete de Segurança “rompe o monopólio” e permitirá ao Estado de Israel ingressar milhões de shekels a investir “no benefício dos cidadãos israelenses. Após anos de discussões, chegou o momento de o gás emergir da terra e alcançar a economia israelense”. EFE

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