Netanyahu diz que não permitirá que militares sejam denunciados no TPI
Jerusalém, 4 jan (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo que seu governo não permitirá que altos comandantes e oficiais do exército sejam julgados em tribunais internacionais em casos abertos por palestinos.
“Não vamos permitir que os soldados e os comandantes do exército sejam levados perante o Tribunal Penal Internacional de Haia”, disse Netanyahu ao iniciar a sessão semanal do Conselho de Ministros.
O primeiro-ministro acusou a Autoridade Nacional Palestina (ANP) de ter escolhido o “confronto” com Israel.
Em seu breve discurso, o governante disse que Israel não ficará de “braços cruzados” diante da iniciativa palestina de aderir ao Estatuto de Roma, que regula a atividade do Tribunal Penal Internacional (TPI).
“Os soldados continuarão defendendo o Estado de Israel com força e determinação, e da mesma forma que eles nos defendem, vamos defendê-los com a mesma força e determinação”, sustentou Netanyahu.
Na quarta-feira, após o fracasso em aprovar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU para pôr fim à ocupação, o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, assinou pedidos de adesão a vinte tratados e convenções internacionais, entre eles o Estatuto de Roma.
O pedido pode gerar uma série de processos contra governantes e militares israelenses por crimes de guerra e violação de direitos humanos em território ocupado, embora os líderes palestinos também ficariam expostos a um julgamento. EFE
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