Netanyahu diz que ONU não aborda necessidades de segurança de Israel

  • Por Agencia EFE
  • 28/07/2014 14h02

Jerusalém, 28 jul (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira que a última declaração do Conselho de Segurança da ONU não aborda “as necessidades de segurança” israelenses e sim as da “organização terrorista assassina que está atacando civis israelenses”.

Em um comunicado divulgado nesta tarde por seu gabinete, Netanyahu afirmou que o principal organismo da ONU não aborda a desmilitarização da Faixa de Gaza, o que foi previsto nos acordos interinos alcançados com os palestinos.

“O comunicado não se refere aos ataques sobre civis israelenses, ou ao fato do Hamas ter transformado os residentes de Gaza em escudos humanos e usar instalações da ONU para atacar civis israelenses”, lamentou o chefe do Executivo israelense.

Netanyahu ressaltou que aceitou três iniciativas da ONU para um cessar-fogo humanitário, que foram violadas pelo movimento islamita Hamas.

O primeiro-ministro adverte que seu país continuará trabalhando para desmantelar os “túneis terroristas e isso é só o primeiro passo na desmilitarização” de Gaza.

Além disso, Netanyahu disse que a comunidade internacional deveria prestar atenção nesta questão, ao invés de financiar com suas doações a construção de túneis que são empregados para cometer ataques em grande escala contra alvos civis israelenses.

Em uma declaração divulgada hoje, o Conselho de Segurança pediu respeito à “legislação humanitária internacional, incluída a proteção da população civil”, e reiterou a necessidade que se “adotem passos proporcionais para garantir a segurança e bem-estar dos civis e sua proteção”.

O Conselho também pediu um cessar-fogo imediato e incondicional entre as partes.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou hoje para a situação “crítica” que se vive na Faixa de Gaza como consequência do “ataque em massa” lançado por Israel.

Ban criticou o governo israelense pela dureza de sua operação militar em Gaza

“Os números de vítimas e de danos colocam sérias dúvidas sobre a proporcionalidade” da atuação armada de Israel, afirmou Ban em declarações aos jornalistas na sede das Nações Unidas. EFE

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