Netanyahu fará discurso no Congresso dos EUA em março
Jerusalém, 22 jan (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira oficialmente sua intenção de viajar aos Estados Unidos em março para pronunciar um discurso diante do Congresso, no qual abordará o polêmico programa nuclear iraniano.
Netanyahu aceitou o convite feito pelo presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, “para falar em uma sessão conjunta das duas câmaras”, informou hoje em comunicado o gabinete do primeiro-ministro.
Netanyahu irá aos EUA “no início de março” para participar da convenção anual do lobby judaico no Congresso, o Comitê de Relações Públicas entre Estados Unidos e Israel (Aipac, por sua sigla em inglês).
A edição digital do jornal israelense “Yedioth Ahronoth” informou ontem, citando fontes próximas a Netanyahu, que o dirigente tinha recebido um convite de Boehner -inicialmente previsto para 11 de fevereiro- e que o primeiro-ministro tinha intenção de aceitá-lo.
As fontes, que pediram o anonimato, também rejeitaram as críticas de alguns círculos políticos e jornalísticos locais de que o convite serviria para tentar ajudar Netanyahu nas eleições convocadas para 17 de março.
Os americanos “querem conhecer a postura de Israel” sobre um possível acordo com o Irã em matéria nuclear, afirmaram as fontes.
Ontem surgiram as primeiras notícias sobre o convite americano, o que provocou um protesto da Casa Branca, que alega “violação de protocolo” por não estar ciente do fato.
“É para mim uma honra aceitar este convite, que reflete a amizade especial entre Israel e EUA, assim como o forte apoio dos dois (principais) partidos dos EUA a Israel”, declarou o primeiro-ministro israelense na nota.
Apesar disso, Netanyahu tentou afastar qualquer possibilidade de briga com o presidente americano, Barack Obama, e disse que na semana passada esteve em contato com o dirigente, com quem compartilhou suas inquietações sobre “o crescente terrorismo e a aspiração do Irã de conseguir armas nucleares”. EFE
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