Netanyahu: justiça de Israel fez seu trabalho ao matar suspeitos de sequestro

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h23
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Jerusalém, 23 set (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou nesta terça-feira a morte dos dois suspeitos de capturar e assassinar em 12 de junho três estudantes judeus na Cisjordânia, e disse que “o longo braço da justiça israelense” fez seu trabalho.

Em declarações feitas no início do Conselho de Ministros, o chefe do Executivo culpou pelo assassinato dos três jovens o movimento islamita Hamas. Os dois suspeitos mortos hoje, Amar Abu Eisha e Marwan Kawasmeh, pertenciam ao braço armado do grupo.

Os dois foram assassinados nesta madrugada, após mais de três meses de buscas na região palestina de Hebron, em um tiroteio com as forças de Segurança, que tentaram inicialmente prendê-los, segundo a versão do exército israelense.

“Quando encontramos os corpos de Naftali, Gilad e Eyal, disse que quem tivesse sequestrado e assassinado nossos meninos sofreria as consequências e que não pararíamos até acharmos seu esconderijo”, afirmou.

“Continuaremos golpeando o terrorismo onde estiver. Poucos dias depois do ataque disse perto de Hebron, a cidade dos patriarcas, que perseguiríamos o inimigo, o encontraríamos e não voltaríamos sem uma solução. Nesta manhã o longo braço da justiça israelense cumpriu sua missão”, afirmou.

Netanyahu reiterou que as provas do serviço secreto de Israel apontam o Hamas como autor do sequestro e da morte dos jovens. O grupo admitiu que os suspeitos fazem parte de seu braço armado, mas não admitiu que tenha ordenado o crime.

“Dissemos que o Hamas era responsável pelo sequestro e o assassinato a partir das provas que tínhamos e o Hamas admitiu que estava por trás”, afirmou Netanyahu em referência ao depoimento de um membro do movimento islamita feito na Turquia.

Netanyahu contou que conversou com as famílias dos adolescentes para comunicar a notícia, em um momento em que Israel se prepara para o Ano Novo judaico, que começa nesta quinta-feira.

“Com a chegada do ano novo, nada pode aplacar sua dor e nada pode devolver seus maravilhosos e queridos filhos. Mas disse que se fez justiça e que cumprimos com a missão que prometemos a eles e a Israel”, afirmou.

Por meio de um comunicado as famílias de Gilad Shaer, Naftali Frenkel e Eyal Yifrach se mostraram “orgulhosas do governo e das forças de segurança por se manterem firmes em nosso pedido de que se fizesse justiça”.

“O mundo foi testemunha de que o sangue judeu não se derrama em vão”, disseram em sua nota conjunta.

O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, declarou que espera que a morte dos suspeitos “reduza a dor das famílias” que demonstre para “aqueles que planejam prejudicar Israel”, que “não retrocedemos, perseguiremos todos aqueles que ameaçam nossos cidadãos”. EFE

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