Netanyahu: “O mundo é agora um lugar muito mais perigoso”

  • Por Agencia EFE
  • 14/07/2015 16h07

Jerusalém, 14 jul (EFE).- O primeiro-ministro israelenese, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira que o Irã é “o patrocinador mais importante do terrorismo internacional” e afirmou que “o mundo agora é um lugar mais perigoso” após o acordo com as potências sobre seu programa nuclear.

Em um comparecimento perante a imprensa, o primeiro-ministro israelense criticou o pacto histórico alcançado hoje entre Irã e o G5+1, que põe fim a mais de uma década de conflito aberto em torno do programa nuclear iraniano.

Netanyahu liderou hoje uma reunião de urgência de seu Gabinete de Segurança para analisar as ramificações do acordo, da qual não transcenderam detalhes, e manteve uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a mesma questão, segundo informaram meios de comunicação israelenses.

O líder israelense sempre mostrou oposição a um compromisso em torno do desenvolvimento do programa nuclear iraniano por considerá-lo uma ameaça à existência de seu país.

Após ser revelada a assinatura do acordo hoje, Israel rejeitou o mesmo plenamente e o qualificou de “grande erro de proporções históricas”, enquanto a comunidade internacional celebra o fruto de dois anos de negociações lideradas por Obama.

“As potências internacionais líderes apostaram nosso futuro coletivo em um pacto com o maior patrocinador do terrorismo internacional. Apostaram que em dez anos o regime terrorista do Irã mudará enquanto está sendo eliminado todo incentivo para que assim seja”, disse.

Segundo sua opinião, nos próximos anos -prazo que o acordo prevê para o levantamento de sanções ao país persa- o Irã terá tempo para enriquecer a capacidade de produzir muitas bombas nucleares, “todo um arsenal nuclear com os meios para entregá-lo”, lamentou Netanyahu ao dizer que Teerã manterá seu programa nuclear.

“Sempre nos defenderemos”, concluiu o líder, que renovou seu “compromisso” de evitar que o Irã seja capaz para fabricar armas atômicas.

Outros líderes israelenses tacharam a jornada de “dia negro para todo o mundo livre”, em palavras do ex-ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, ou considerado que o pacto “é como dar um fósforo a um piromaníaco”, nas palavras do titular de Ciência e Tecnologia, Dani Danón. EFE

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