Netanyahu quer que comunidade internacional exija desmilitarização de Gaza
Jerusalém, 6 ago (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta quarta-feira à comunidade internacional que exija a completa desmilitarização da Faixa de Gaza para evitar “tragédias” como a do último mês.
Netanyahu, que convocou hoje uma entrevista coletiva para defender seu exército das acusações de que teria cometido crimes de guerra durante a ofensiva Limite Protetor, disse que “a tragédia de Gaza é que o Hamas a governa”.
“O povo de Gaza não é nosso inimigo (…) Nossos inimigos são o Hamas e as organizações terroristas que tentam matar nosso povo”, frisou, ao pedir à comunidade internacional para que coloque a desmilitarização da faixa em sua agenda de trabalho e não condene Israel.
“A prova agora da comunidade internacional não deve ser contra Israel. A prova para o mundo civilizado é (decidir) se é possível defender a si mesmo”, declarou sobre a atuação do exército israelense, que gerou várias críticas na esfera internacional pelo alto número de civis mortos.
Segundo fontes do Ministério da Saúde em Gaza e organizações internacionais, mais de 1.850 palestinos morreram na ofensiva, em sua maioria civis.
Israel rejeita essas estatísticas e alega que, segundo seus cálculos, entre 750 e 1.000 eram homens armados, segundo um documento militar divulgado à Agência Efe.
Netanyahu, que iniciou um dispositivo para lidar com possíveis processos internacionais, responsabilizou o Hamas de usar civis como escudo e disse que esperava que, agora que terminou o conflito, a imprensa estrangeira mostre “a documentação sobre como a organização terrorista se aproveitou da população civil”. EFE
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