Netanyahu viajará a Rússia para falar com Putin sobre Síria
Moscou, 16 set (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, chegará segunda-feira em Moscou para conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a Síria e a ameaça do terrorismo jihadista, anunciou o Kremlin nesta quarta-feira.
“Será uma breve visita de trabalho e haverá conversas com Vladimir Putin”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.
O escritório do primeiro-ministro israelense explicou que Netanyahu discutirá na capital russa a ameaça que o aumento da provisão russa de armamento moderno à Síria representa para Israel pela possibilidade de cair nas mãos do Hezbollah e de outros grupos terroristas.
Putin afirmou várias vezes a Netanyahu que o armamento que fornece tanto à Síria como ao Irã é exclusivamente defensivo e não representa uma ameaça para a segurança de Israel, e também não altera o equilíbrio de forças no Oriente Médio.
Putin afirmou ontem que continuará a dar ajuda técnico-militar ao regime sírio em sua luta contra grupos terroristas como o Estado Islâmico (EI).
“Apoiamos o governo da Síria em seu enfrentamento contra a agressão terrorista. Proporcionamos, e continuaremos, assistência técnico-militar, e pedimos a outros países que se unam a nós”, disse Putin.
O embaixador sírio em Moscou, Riyad Haddad, tachou esta semana de “mentira divulgada pelos EUA e pelos países ocidentais” a suposta presença de tropas russas em seu país e denunciou se tratar de uma “nova conspiração” contra a Síria.
Mas reconheceu que Damasco recebe armamento e equipamentos militares russos, “tudo feito de acordo com os contratos assinados entre os dois países”.
“Estamos há 30 ou 40 anos cooperando com a Rússia em diferentes âmbitos, incluído o militar”, ressaltou.
Segundo as últimas notícias, que citam fontes americanas, a Rússia teria transportado tanques T-90 e peças de artilharia a um aeroporto perto do porto sírio de Latakia.
Também a imprensa ocidental publicou informações sobre a localização de baterias antimísseis e o desdobramento de mil soldados militares especiais de um regimento que participou da anexação da península da Crimeia em março de 2014.
Semana passada o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, sugeriu que Moscou só daria “passos adicionais” só a Síria pedisse.
“E, certamente, exclusivamente a pedido e de acordo com o governo sírio ou os governos de outros países da região, se se tratar de ajudar-lhes na luta contra o terrorismo”, ressaltou. EFE
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