Nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas pode complicar geração de energia no verão, alertam especialistas
O nível crítico de usinas hidrelétricas pode complicar a geração de energia no pico do verão e especialistas alertam para possibilidade de “apagões”. Pelo menos oito usinas estão tecnicamente impossibilitadas de produzir no máximo de sua capacidade devido ao baixo volume de água nas represas.
Nos meses de estiagem, quando a temperatura costuma ser mais amena, o reforço das térmicas normalmente compensa a baixa geração hidrelétrica. Em janeiro e em fevereiro, com os dias mais quentes do verão, a equação se complica.
O problema se acentua no horário de ponta, logo depois do almoço, quando escritórios e residências ligam apararelhos, pressionando o sistema. Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o próximo verão poderá ser marcado por “apagões”.
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O recorde de demanda no país foi atingido em fevereiro de 2014, com 85.708 megawatts – 15% acima do que vem sendo verificado nas últimas semanas. O presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia, Carlos Faria, também alertou para a possibilidade de “blecautes” neste verão.
Em algumas usinas, o volume se encontra atualmente até 15 metros abaixo da altura necessária para fazer com que as turbinas funcionem a plena potência. Essa situação mais crítica pode ser observada em hidrelétricas como Furnas, Sobradinho e Três Marias.
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