Nível de água da maioria das hidrelétricas é menor que no apagão de 2001

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2015 12h23
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Reservatório da hidrelétrica de Caconde (no interior de SP) Silva Junior/ Folhapress Reservatório da hidrelétrica de Caconde no interior de SP

Obras atrasadas e falta de planejamento do governo indicam que é cada vez mais real a possibilidade de um racionamento de energia no Brasil.

O nível de água de 85% das hidrelétricas do país está mais baixo do que o registrado em 2001, ano do apagão.

O governo admitiu na última semana que, se os reservatórios das usinas chegarem a 10% da capacidade, o Brasil enfrentará uma grave crise.

Estudos elaborados por entidades ligadas ao setor elétrico apontam que o país poderá perder R$ 6 bilhões em caso de racionamento neste ano.

Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o governo não está conseguindo dimensionar o real problema.

Adriano Pires lembra que os últimos blecautes já sinalizam uma forma de racionamento.

(Ouça detalhes no áudio acima)

Com obras atrasadas e dificuldades de colocar em funcionamento novas alternativas para a crise, a única saída apontada por especialistas é a economia.

Falando ao repórter Patrick Santos, o ex-diretor da Aneel, Afonso Henrique Santos, chama a atenção para o descaso político com a questão energética.

Os principais reservatórios das regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste estão, hoje, com pouco mais de 17% de sua capacidade.

Só para comparar: quando houve o apagão, em 2001, os reservatórios do Sudeste tinham quase o dobro de água: 31,41%.

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