Nível de água da maioria das hidrelétricas é menor que no apagão de 2001
Reservatório da hidrelétrica de Caconde (no interior de SP)
Reservatório da hidrelétrica de Caconde no interior de SPObras atrasadas e falta de planejamento do governo indicam que é cada vez mais real a possibilidade de um racionamento de energia no Brasil.
O nível de água de 85% das hidrelétricas do país está mais baixo do que o registrado em 2001, ano do apagão.
O governo admitiu na última semana que, se os reservatórios das usinas chegarem a 10% da capacidade, o Brasil enfrentará uma grave crise.
Estudos elaborados por entidades ligadas ao setor elétrico apontam que o país poderá perder R$ 6 bilhões em caso de racionamento neste ano.
Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o governo não está conseguindo dimensionar o real problema.
Adriano Pires lembra que os últimos blecautes já sinalizam uma forma de racionamento.
(Ouça detalhes no áudio acima)
Com obras atrasadas e dificuldades de colocar em funcionamento novas alternativas para a crise, a única saída apontada por especialistas é a economia.
Falando ao repórter Patrick Santos, o ex-diretor da Aneel, Afonso Henrique Santos, chama a atenção para o descaso político com a questão energética.
Os principais reservatórios das regiões Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste estão, hoje, com pouco mais de 17% de sua capacidade.
Só para comparar: quando houve o apagão, em 2001, os reservatórios do Sudeste tinham quase o dobro de água: 31,41%.
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