No Líbano, Mauro Vieira pede solução negociada ao conflito sírio

  • Por Agencia EFE
  • 15/09/2015 22h00
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Beirute, 15 set (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta terça-feira que a guerra na Síria só pode ser solucionada através do diálogo, ao mesmo tempo em que condenou o terrorismo, no transcurso de uma visita ao país vizinho, Líbano.

“Não se pode pôr fim à crise síria pela força, mas por um diálogo que garanta uma representação justa dos componentes da sociedade (síria)”, disse Vieira, segundo a agência nacional de notícias libanesa.

O chanceler se reuniu hoje com o primeiro-ministro libanês, Tamam Salam, o presidente do parlamento, Nabih Berri, e o ministro das Relações Exteriores libanês, Yebran Basil, além de visitar os soldados brasileiros que integram a missão de paz da ONU no Líbano (Finul).

O titular das Relações Exteriores expressou sua repulsa ao terrorismo, assinalando que “apoiamos as negociações pacíficas e o diálogo entre os países”.

Por outra parte, ressaltou que entre Líbano e Brasil há “vínculos humanitários e históricos profundos”, devido à presença de seis milhões de brasileiros de origem libanesa, e deu como exemplo disso os milhares de voos entre ambos países.

“Brasil e Líbano mantêm relações políticas positivas. Sempre apoiamos o governo libanês para salvaguardar a paz e a estabilidade do país, prova disso é nossa presença no seio da Finul, cuja força marítima lideramos desde 2011”, ressaltou Vieira.

Além disso, destacou que o apoio do Brasil ao Líbano aumentou nos últimos anos, desde a explosão da guerra na Síria em 2011, através de ajudas financeiras às organizações da ONU no Líbano para os refugiados sírios e palestinos.

Vieira lembrou ainda que o Brasil aceitou 7.000 solicitações de asilo para os refugiados sírios por motivos humanitários.

Sobre as relações comerciais entre ambos países, o chanceler espera um incremento após a assinatura de um memorando de entendimento em 2014 para negociar um tratado de livre-comércio.

Vieira chegou ontem ao Líbano, procedente do Irã, e prestou homenagem aos oficiais da Marinha brasileira, e condecorou com a Ordem do Rio Branco a corveta “Barroso”, que no último dia 4 recuperou 220 imigrantes, entre eles 94 mulheres e 41 crianças, que tentavam chegar à Itália em um barco que estava prestes a naufragar no Mediterrâneo. EFE

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